A DOENTE DEMOCRACIA BRASILEIRA – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
A DOENTE DEMOCRACIA BRASILEIRA– (Artigo da Semana) – alfredo.ricardo@hotmail.com


A DOENTE DEMOCRACIA BRASILEIRA
O surgimento da democracia foi na Grécia antiga com os filósofos, que já compreendiam que a população deveria participar das decisões cruciais da sociedade.
Não é à toa que o significado de democracia está relacionado diretamente à emanação do povo para o povo e pelo povo, ou seja, democracia é um sistema de governo no qual o poder do Estado é investido no povo ou em sua população em geral.
Anos mais tarde, na França do século XVIII, ocorreu um levante popular, a revolução Francesa, que destituiu o Rei e proclamou a República, tornando o aperfeiçoamento do regime político em liberdade, igualdade e fraternidade, que se tornaram valores universais.
A democracia, ao longo dos tempos, vem buscando o aperfeiçoamento com a participação ativa da população no debate público e na busca do bem comum. No entanto, ainda tentam minar a democracia com os regimes: ditatórias, autoritários e totalitarismos. Porém, o bom senso, irmão razão, já compreendeu que fora da democracia só há miséria humana.
A ideia central da democracia é a participação do povo no aspecto ideológico e político. Sendo sua escolha de forma democrática e livre, no sentido de apontar com o voto os seus representantes ideológicos. Os quais, candidatos elegíveis, tenham igualdade de condições para concorrer ao pleito eleitoral sem nenhuma ressalva do poder instituído.
De modo geral, a eleição é uma carta de procuração dada pelo povo ao eleito, para, em nome deste povo, exercer a função representativa em tempo determinado. Os quais devem agir em virtude da vontade do povo, com a visão voltada para o interesse coletivo, assim como para o desenvolvimento social e econômico.
A partir da análise do conceito de democracia, torna-se de fácil percepção que ela se encontra doente diante do fulminante e descabido interesse político-partidário, que apenas visa a manutenção do poder e do privilégio que este traz.
Notadamente, há uma distribuição perversa e enganosa na condução dos partidos políticos, pois eles utilizam o modelo democrático para se apoderarem do capital político e econômico-financeiro, com a única intenção de perpetuação no poder e distribuição de privilégios aos seus partidários.
Já no período eleitoral é que as coisas passam do limite aceitável. Visto que a própria mídia anuncia a compra e venda de votos, prisões por boca de urna, pacotes de dinheiro escorrendo nas ruas e favelas, cabos eleitorais sem escrúpulos. E quando são questionados os líderes políticos, como numa cena, todos dizem ser o comum da política. Comum para os corruptos e espertalhões, para o povo é uma lástima social que no mínimo vai durar quatro anos.
Infelizmente, esse bendito círculo vicioso de eleger profissionais políticos de má índole parece não ter fim. É triste porque, eleitos, sabem que não têm nenhum compromisso com a verdade e com a população e nem com a nação. E passam a agir sem nenhuma consciência social e nem política. E por fim, o ciclo se torna interminável com eleições e mais eleições de aproveitadores e hipócritas políticas.
Neste ciclo, onde os eleitores são inconscientes e descomprometidos com o bem comum, domina a miséria e ao abandono social, causada pela política de subterfúgios. E com o abandono do interesse coletivo, se estabelece o sistema de alienação doutrinaria que é um retrocesso das políticas públicas e da própria política partidária. O que de fato, fere a democracia, os direitos humanos e o direito a dignidade da pessoa humana.
As únicas respostas capazes de gerar uma transformação social, e a política de conscientização, é a educação de qualidade, a qual deve ser ampla e irrestrita. E estás devem serem promovidas pelo Estado com a cooperação das comunidades e dos professores.
É inacreditável que o poder judiciário, não sendo detentor de votos, ou seja, não participando do sufrágio universal, se considera um poder político, e pior, agindo com semelhança aos tradicionais políticos, com focos de explícita perseguição aos adversários, aos críticos da corte e de seus amigos. A inversão de valores é tanta que os verdadeiros legisladores, deputados federais e senadores, estão acuados por chantagens processuais. E assim temos uma torre de Babel, entre os poderes da república.
Portanto, o que estamos presenciando, encontra-se estabelecido numa crise de legitimidade, que ultrapassam os limites expostos pela Constituição Federal. Gerando constante choque entre os poderes pela falta de limites éticos, morais e racionais dos agentes públicos nomeados pelo senado. Por outro lado, o grau de corrupção é tão elevando que não há uma luz no fim do túnel político. E por fim, há uma mistura explosiva entre corrupção política e judiciário partidário, que vem gerando uma divisão nacional sem precedentes.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo
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