A Guerra por Mundos

Por Alex Medeiros Tribuna do Norte Num discurso histórico feito em 1961, o então presidente dos EUA, John Kennedy estabeleceu uma meta para o país enviar um homem à Lua e trazê-lo de volta à Terra antes de acabar aquela década. Era um recado à NASA para avançar na corrida espacial e ultrapassar o estágio […]

Jun 1, 2025 - 10:00
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A Guerra por Mundos

Por Alex Medeiros

Tribuna do Norte

Num discurso histórico feito em 1961, o então presidente dos EUA, John Kennedy estabeleceu uma meta para o país enviar um homem à Lua e trazê-lo de volta à Terra antes de acabar aquela década. Era um recado à NASA para avançar na corrida espacial e ultrapassar o estágio da União Soviética, naquela altura já à frente. O desejo de JFK foi realizado em 1969, superando os russos na batalha lunar, mas ele não viu, pois fora assassinado em 1963.

O tempo voou e 57 anos depois daquele discurso ufanista, em 2018, o então chefe da Casa Branca, Donald Trump, determinou que suas Forças Armadas trabalhassem na criação de uma divisão especial de soldados chamada de Força Espacial, cuja missão era estar focada no fortalecimento e na liderança dos EUA nos domínios do espaço sideral, uma espécie de tropa estelar das que vemos na TV e cinema com a ficção de Star Trek e de Star Wars.

Naqueles dias, Trump disse: “Nosso destino além da Terra não é apenas uma questão de identidade nacional, mas uma questão de segurança nacional”. E no ano seguinte o Senado aprovou a criação da divisão espacial com orçamento especial.

Com a aprovação legislativa, o Departamento de Defesa e o Pentágono receberam a ordem de Trump para avançar no processo de estabelecimento da tal força como um sexto ramo das Forças Armadas regulares da nação.

Assim como no passado John Kennedy citou a necessidade científica e militar de passar à frente dos soviéticos, Donald Trump também deixou claro que seu intento era não deixar que a China e a Rússia ultrapassassem os EUA.

Na verdade, ainda em abril de 2017, um ano antes da ordem para criação dos guerreiros do espaço, Trump solicitou à NASA que acelerasse os planos de exploração espacial, com previsão do envio de humanos a Marte em 2030.

Durante o governo Joe Biden, pouco se fez no espaço no âmbito de Washington, ficando a corrida a cargo de empresas privadas como as de Elon Musk (SpaceX), Jeff Bezos (Blue Origin), e Richard Branson (Virgin Galactic).

Um paralelo hoje entre os dias de JFK e de Trump na corrida espacial, tem algumas semelhanças na busca por hegemonia tecnológica e influência ideológica, mas tem também diferenças quanto à Guerra Fria do passado.

Se Kennedy queria o prestígio geopolítico alimentando a liderança comercial, Trump pensa literalmente na conquista do mundo além do nosso planeta, estreitando a parceria com investidores privados, ao contrário de Xi Jinping.

Com Kennedy, a NASA era o centro do projeto e o grosso do financiamento vinha do governo, que inclusive tinha ali agentes públicos com conhecimento científico. O programa Apollo foi a cereja no bolo de sonho do ex-presidente.

Hoje com Trump, a NASA é uma luxuosa observadora dos avanços das empresas, principalmente a Spacex, cuidando apenas de regulamentações e sendo a contratante dos serviços de Elon Musk em nome da Casa Branca.

No desejo de JFK, os EUA botaram Alan Shepard no espaço em 1961, tiveram John Glenn num voo orbital em 1962 e mandaram o primeiro homem à Lua em 1969, quando Neil Armstrong pisou no solo lunar com o mundo vendo na TV.

Trump estimulou o pouso vertical e firme dos foguetes em 2018, o primeiro voo comercial tripulado em 2020 e o envio de robôs à Marte em 2021. E sua Força Espacial terá base na Lua, de onde partirão viajantes para Marte e soldados a combater ameaças siderais.

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