Acordo entre Israel e Hamas abre caminho para a conquista mais importante da carreira de Trump
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o primeiro a anunciar acordo entre Israel e Hamas na guerra na Faixa de Gaza. Foto de arquivo mostra cumprimento com premie israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca em setembro de 2025. REUTERS/Jonathan Ernst A pressa de Donald Trump em anunciar nesta quarta-feira um acordo entre Israel e Hamas traduzia a relevância do tema para o presidente americano, que almeja fixar definitivamente o rótulo de pacifista ao seu nome. Com a primeira fase de do plano concluída, Trump caminha para alcançar o trunfo mais importante de sua carreira como chefe de Estado, e ele deve capitalizar o retorno dos reféns vivos com uma visita nos próximos dias a Jerusalém. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As condições para a paz na região ainda são nebulosas, mas o que foi obtido agora é muito significativo e pode ser atribuído ao presidente americano. Por telefone, Trump comemorou a conquista com parentes de reféns sequestrados, ouviu deles elogios à sua atuação para trazê-los de volta, nunca pronunciados a Benjamin Netanyahu. Ele conseguiu a façanha de empurrar o plano desenhado pelos EUA goela abaixo do primeiro-ministro israelense, obrigando-o inclusive a pedir desculpas ao emir do Catar pelo ataque realizado em Doha no mês passado. Não satisfeito, como uma espécie de punição a Netanyahu, divulgou as fotos da ligação em Washington. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O bombardeio de escritórios do Hamas em território catari foi a gota d’água que fez transbordar a impaciência de Trump com a insistência de Israel em bombardear Gaza. O Catar é um aliado estratégico de seu governo na região, e Netanyahu passou a se posicionar como um obstáculo. Sob pressão, o premiê não teve outra alternativa ao constatar que segurar-se no presidente americano ainda seria a sua melhor opção. O gabinete israelense se reúne nesta tarde para aprovar a primeira fase do acordo. De antemão, terá a resistência dos ministros da extrema direita, que ameaçam abandonar o governo. A primeira fase do plano de Trump inclui a devolução de todos os reféns em troca da libertação dos palestinos e um recuo das tropas israelenses. Em sua essência, não difere dos outros acordos de cessar-fogo nos últimos dois anos, que se mostraram ineficazes. Para o presidente americano, contudo, é bastante representativo, por ter conseguido imprimir nele a sua marca pessoal. E, simbolicamente, foi divulgado às pressas na antevéspera do anúncio do Prêmio Nobel da Paz, ao qual, embora com chances remotas, foi indicado pelo próprio Netanyahu. LEIA TAMBÉM: Israel e Hamas fecham acordo de paz em Gaza: entenda o que acontece agora Israel diz que cessar-fogo em Gaza entrará em vigor na sexta e afirma que seguirá controlando mais da metade do território palestino Acordo em Gaza: Força-tarefa ajudará Hamas a localizar corpos de reféns Trump anuncia que Hamas e Israel concordaram em aderir à primeira fase do plano de paz para acabar com a guerra em Gaza


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o primeiro a anunciar acordo entre Israel e Hamas na guerra na Faixa de Gaza. Foto de arquivo mostra cumprimento com premie israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca em setembro de 2025. REUTERS/Jonathan Ernst A pressa de Donald Trump em anunciar nesta quarta-feira um acordo entre Israel e Hamas traduzia a relevância do tema para o presidente americano, que almeja fixar definitivamente o rótulo de pacifista ao seu nome. Com a primeira fase de do plano concluída, Trump caminha para alcançar o trunfo mais importante de sua carreira como chefe de Estado, e ele deve capitalizar o retorno dos reféns vivos com uma visita nos próximos dias a Jerusalém. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As condições para a paz na região ainda são nebulosas, mas o que foi obtido agora é muito significativo e pode ser atribuído ao presidente americano. Por telefone, Trump comemorou a conquista com parentes de reféns sequestrados, ouviu deles elogios à sua atuação para trazê-los de volta, nunca pronunciados a Benjamin Netanyahu. Ele conseguiu a façanha de empurrar o plano desenhado pelos EUA goela abaixo do primeiro-ministro israelense, obrigando-o inclusive a pedir desculpas ao emir do Catar pelo ataque realizado em Doha no mês passado. Não satisfeito, como uma espécie de punição a Netanyahu, divulgou as fotos da ligação em Washington. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O bombardeio de escritórios do Hamas em território catari foi a gota d’água que fez transbordar a impaciência de Trump com a insistência de Israel em bombardear Gaza. O Catar é um aliado estratégico de seu governo na região, e Netanyahu passou a se posicionar como um obstáculo. Sob pressão, o premiê não teve outra alternativa ao constatar que segurar-se no presidente americano ainda seria a sua melhor opção. O gabinete israelense se reúne nesta tarde para aprovar a primeira fase do acordo. De antemão, terá a resistência dos ministros da extrema direita, que ameaçam abandonar o governo. A primeira fase do plano de Trump inclui a devolução de todos os reféns em troca da libertação dos palestinos e um recuo das tropas israelenses. Em sua essência, não difere dos outros acordos de cessar-fogo nos últimos dois anos, que se mostraram ineficazes. Para o presidente americano, contudo, é bastante representativo, por ter conseguido imprimir nele a sua marca pessoal. E, simbolicamente, foi divulgado às pressas na antevéspera do anúncio do Prêmio Nobel da Paz, ao qual, embora com chances remotas, foi indicado pelo próprio Netanyahu. LEIA TAMBÉM: Israel e Hamas fecham acordo de paz em Gaza: entenda o que acontece agora Israel diz que cessar-fogo em Gaza entrará em vigor na sexta e afirma que seguirá controlando mais da metade do território palestino Acordo em Gaza: Força-tarefa ajudará Hamas a localizar corpos de reféns Trump anuncia que Hamas e Israel concordaram em aderir à primeira fase do plano de paz para acabar com a guerra em Gaza
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