Bloqueio de cassinos offshore no Brasil: pagamentos via Pix entram na mira das autoridades

As autoridades brasileiras intensificaram o combate às operadoras de apostas sem licença que atuam no país. Entre as medidas em estudo está a suspensão de pagamentos instantâneos via Pix, amplamente utilizado por jogadores e intermediários financeiros. O objetivo é conter a movimentação de recursos para plataformas de cassino sediadas em paraísos fiscais e reduzir as […] O post Bloqueio de cassinos offshore no Brasil: pagamentos via Pix entram na mira das autoridades apareceu primeiro em Fim da Linha.

Nov 6, 2025 - 07:00
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Bloqueio de cassinos offshore no Brasil: pagamentos via Pix entram na mira das autoridades

As autoridades brasileiras intensificaram o combate às operadoras de apostas sem licença que atuam no país. Entre as medidas em estudo está a suspensão de pagamentos instantâneos via
Pix, amplamente utilizado por jogadores e intermediários financeiros. O objetivo é conter a movimentação de recursos para plataformas de cassino sediadas em paraísos fiscais e reduzir as perdas econômicas causadas ao mercado regulado.

De acordo com levantamento da ENV Media, após a migração obrigatória para domínios “.bet.br”, as operadoras licenciadas perderam cerca de 79% do tráfego de buscas, uma vez que o algoritmo do Google passou a restringir a exibição dessas empresas nos resultados de pesquisa. Em contrapartida, sites ilegais hospedados em domínios “.com” ganharam maior visibilidade, contribuindo para prejuízos mensais superiores a R$ 575 mil e para a redução da arrecadação de impostos no país.

A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) têm reforçado o bloqueio de domínios e endereços DNS usados por cassinos offshore. Apesar
do avanço, as plataformas continuam surgindo sob novos endereços, o que demonstra a complexidade do controle digital.

O Banco Central do Brasil também passou a acompanhar as transações financeiras realizadas pelo Pix, no qual as bets levaram 15% de todo o valor transacionado para empresas no
primeiro semestre de 2025. O uso massivo da ferramenta a colocou no centro das discussões sobre a necessidade de bloqueio de pagamentos para sites ilegais. Caso a medida seja
implementada, os jogadores precisariam recorrer a contas no exterior para efetuar depósitos, o que dificultaria o acesso a operadoras não licenciadas.

A preferência pelo Pix é confirmada por dados do cassino da KTO na pesquisa “Percepções sobre Pagamentos em Jogos Online”. O levantamento mostra que 81% dos usuários preferem o Pix como método de pagamento, seguido por cartões bancários (46%), boleto (14%), criptomoedas (8%) e carteiras digitais (6%), como AstroPay e PayPal. A escolha é motivada pela praticidade, segurança e velocidade.

Segundo o estudo, 82% dos participantes consideram o Pix o método mais seguro, à frente dos cartões (71%) e boletos (67%). A pesquisa também revela que 80% dos jogadores se sentem
confiantes ao realizar transações online, o que demonstra a consolidação do Pix na cultura digital brasileira.

Mesmo com a alta adesão, a popularização do Pix também tem facilitado o acesso a cassinos ilegais. Dados do Instituto Locomotiva, obtidos entre abril e maio de 2025, apontam que 46% dos apostadores já realizaram depósitos em sites falsos ou irregulares, enquanto 78% afirmam ter dificuldade em identificar quais plataformas são regulamentadas. Os números reforçam a necessidade de atuação conjunta entre órgãos públicos e instituições financeiras para reduzir o
risco de fraudes e a evasão de recursos.

Enquanto as operadoras licenciadas enfrentam uma carga tributária total superior a 50%, as empresas offshore transferem receitas para paraísos fiscais sem recolher impostos no Brasil. Essa disparidade afeta diretamente a arrecadação destinada a áreas como educação, esporte e saúde.

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