BNDES tem lucro acumulado de R$ 11,2 bilhões até setembro, alta de 14%

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta sexta-feira (14/11) seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025.

De acordo com os dados da companhia, o lucro recorrente acumulado entre janeiro e setembro deste ano ficou em R$ 11,2 bilhões, o que representou um aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2024.

A carteira de crédito expandida, por sua vez, teve saldo de R$ 616 bilhões, um montante 5,3% superior ao registrado em dezembro do ano passado. Foi o maior valor dos últimos nove anos.

Os resultados do BNDES representam o terceiro maior lucro líquido do sistema financeiro, de R$ 17,2 bilhões.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva da qual participaram o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, e os diretores Alexandre Abreu (Financeiro e Mercado de Capitais), Helena Tenório (Pessoas, TI e Operações) e Luiz Navarro (Risco e Compliance), na sede do banco, no Rio de Janeiro.

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Outros dados

Ainda de acordo com o balanço do BNDES, a inadimplência nos nove primeiros meses de 2025 ficou em 0,008% (90 dias), inferior à do Sistema Financeiro Nacional (SFN) – de 3,9% no geral e 0,4% para grandes empresas em setembro.

O lucro contábil do BNDES teve queda de 9,1%, influenciado pela menor fatia de dividendos da Petrobras.

O banco informou ainda que a carteira alcançou R$ 83,6 bilhões, com um crescimento de 1,8% em relação à posição de dezembro do ano passado.

Em termos de carteira total, as principais empresas investidas em continuaram sendo Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel.

O que diz o BNDES

“O lucro líquido recorrente diz respeito às atividades de crédito do BNDES. E é um crescimento muito expressivo para essa conjuntura. Então, já temos aí alguma desaceleração em alguns setores da economia, uma taxa de juros muito elevada e ainda o impacto do tarifaço, que também gerou uma certa insegurança, uma certa instabilidade no mercado. E, mesmo assim, cresceu 14%. É um resultado extraordinário para todas essas condições”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Tivemos uma inflexão no lucro líquido. Essa pequena queda é matemática. Foi a redução de 53% dos dividendos da Petrobras. Nós perdemos em relação ao período anterior R$ 1,9 bilhão. É isso que explica”, completou Mercadante.