Bolsas de Nova York recuam no mercado futuro após Israel atacar o Irã; petroleiras disparam
Escalada das tensões no Oriente Médio — uma região-chave na produção de petróleo — fez com que os preços do combustível subissem mais de 7%. Forças de Defesa de Israel fizeram uma série de bombardeios contra o Irã Os contratos futuros dos principais índices de ações das bolsas de Nova York recuavam nesta sexta-feira (13), após o ataque militar de Israel ao Irã aumentar as tensões no Oriente Médio e reduzir o apetite por risco dos investidores no mundo. O contrato futuro do S&P 500 recuava 1,1%, enquanto o do Nasdaq 100 caía 1,38% e o do Dow Jones registrava queda de 1,17%. Os ataques israelenses às instalações nucleares do Irã tinham como objetivo impedir que Teerã desenvolvesse uma bomba atômica. Em resposta, o Irã prometeu retaliação e lançou 100 drones. A escalada das tensões no Oriente Médio — uma região-chave na produção de petróleo — fez com que os preços do combustível subissem mais de 7%. As ações do setor de energia nos EUA dispararam, com Chevron e Exxon registrando alta de quase 3% nas negociações pré-abertura. Já as ações das companhias aéreas recuavam, pressionadas pela alta nos preços do petróleo, que elevou as preocupações com os custos de combustível. A Delta Air Lines caía 3,9%, a United Airlines perdia 4,8%, a Southwest Airlines recuava 2,5% e a American Airlines registrava queda de 3,9%. As ações do setor de defesa operavam em alta: Lockheed Martin avançava 4,7%, RTX Corporation subia 5,5%, Northrop Grumman ganhava 4,2% e L3Harris Technologies registrava alta de 4,3%. Os ataques ocorreram poucos dias antes da sexta rodada prevista de negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos. As tensões vinham crescendo à medida que os esforços do presidente americano, Donald Trump, para firmar um acordo nuclear com o Irã pareciam estagnados. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou a ofensiva israelense como uma “ação unilateral” e afirmou que Washington não teve participação no ataque. Os investidores também estão atentos à reunião de política monetária do Federal Reserve, marcada para a próxima semana, na qual é esperado que a taxa de juros seja mantida inalterada. Petróleo em alta Os preços do petróleo sobem mais de 7% nesta sexta-feira (13), sendo negociados perto das máximas de vários meses. Por volta das 8h50, o preço do barril do petróleo tipo Brent (referência mundial) subia 7,1% — um aumento de cerca de US$ 4,96 — e era vendido a US$ 74,32. Mais cedo, chegou a US$ 78,50, o valor mais alto desde 27 de janeiro. Já o petróleo WTI (referência nos EUA) subia 7,5% no mesmo horário — um acréscimo de US$ 5,10 — e era negociado a US$ 73,14. Ele também atingiu uma máxima de US$ 77,62, o maior preço desde 21 de janeiro. Os ganhos do petróleo nesta sexta-feira são os maiores movimentos intradiários para ambos os contratos desde 2022, depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia causou um aumento nos preços da energia. A principal preocupação é se os últimos acontecimentos vão afetar o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo. A importante hidrovia já estava correndo risco de impacto devido ao aumento da volatilidade regional, mas não foi afetada até o momento. Também não houve impacto até agora no fluxo de petróleo na região. No pior cenário, analistas do JPMorgan disseram na quinta-feira que o fechamento do estreito ou uma resposta retaliatória dos principais países produtores de petróleo da região poderia levar os preços a subirem para a faixa de US$ 120-130 o barril, quase o dobro da previsão atual do caso base. O ganho de US$ 10 o barril nos últimos três dias ainda não refletiu nenhuma queda na produção de petróleo iraniana, muito menos uma escalada que poderia envolver interrupção dos fluxos de energia pelo Estreito de Ormuz, disse o analista do Barclays Amarpreet Singh em nota. "A questão principal agora é se essa alta do petróleo durará mais do que o fim de semana ou uma semana. Nosso sinal é que há uma probabilidade menor de uma guerra total, e a alta do preço do petróleo provavelmente encontrará resistência", disse Janiv Shah, analista da Rystad.


Escalada das tensões no Oriente Médio — uma região-chave na produção de petróleo — fez com que os preços do combustível subissem mais de 7%. Forças de Defesa de Israel fizeram uma série de bombardeios contra o Irã Os contratos futuros dos principais índices de ações das bolsas de Nova York recuavam nesta sexta-feira (13), após o ataque militar de Israel ao Irã aumentar as tensões no Oriente Médio e reduzir o apetite por risco dos investidores no mundo. O contrato futuro do S&P 500 recuava 1,1%, enquanto o do Nasdaq 100 caía 1,38% e o do Dow Jones registrava queda de 1,17%. Os ataques israelenses às instalações nucleares do Irã tinham como objetivo impedir que Teerã desenvolvesse uma bomba atômica. Em resposta, o Irã prometeu retaliação e lançou 100 drones. A escalada das tensões no Oriente Médio — uma região-chave na produção de petróleo — fez com que os preços do combustível subissem mais de 7%. As ações do setor de energia nos EUA dispararam, com Chevron e Exxon registrando alta de quase 3% nas negociações pré-abertura. Já as ações das companhias aéreas recuavam, pressionadas pela alta nos preços do petróleo, que elevou as preocupações com os custos de combustível. A Delta Air Lines caía 3,9%, a United Airlines perdia 4,8%, a Southwest Airlines recuava 2,5% e a American Airlines registrava queda de 3,9%. As ações do setor de defesa operavam em alta: Lockheed Martin avançava 4,7%, RTX Corporation subia 5,5%, Northrop Grumman ganhava 4,2% e L3Harris Technologies registrava alta de 4,3%. Os ataques ocorreram poucos dias antes da sexta rodada prevista de negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos. As tensões vinham crescendo à medida que os esforços do presidente americano, Donald Trump, para firmar um acordo nuclear com o Irã pareciam estagnados. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou a ofensiva israelense como uma “ação unilateral” e afirmou que Washington não teve participação no ataque. Os investidores também estão atentos à reunião de política monetária do Federal Reserve, marcada para a próxima semana, na qual é esperado que a taxa de juros seja mantida inalterada. Petróleo em alta Os preços do petróleo sobem mais de 7% nesta sexta-feira (13), sendo negociados perto das máximas de vários meses. Por volta das 8h50, o preço do barril do petróleo tipo Brent (referência mundial) subia 7,1% — um aumento de cerca de US$ 4,96 — e era vendido a US$ 74,32. Mais cedo, chegou a US$ 78,50, o valor mais alto desde 27 de janeiro. Já o petróleo WTI (referência nos EUA) subia 7,5% no mesmo horário — um acréscimo de US$ 5,10 — e era negociado a US$ 73,14. Ele também atingiu uma máxima de US$ 77,62, o maior preço desde 21 de janeiro. Os ganhos do petróleo nesta sexta-feira são os maiores movimentos intradiários para ambos os contratos desde 2022, depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia causou um aumento nos preços da energia. A principal preocupação é se os últimos acontecimentos vão afetar o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quinto do consumo total de petróleo do mundo. A importante hidrovia já estava correndo risco de impacto devido ao aumento da volatilidade regional, mas não foi afetada até o momento. Também não houve impacto até agora no fluxo de petróleo na região. No pior cenário, analistas do JPMorgan disseram na quinta-feira que o fechamento do estreito ou uma resposta retaliatória dos principais países produtores de petróleo da região poderia levar os preços a subirem para a faixa de US$ 120-130 o barril, quase o dobro da previsão atual do caso base. O ganho de US$ 10 o barril nos últimos três dias ainda não refletiu nenhuma queda na produção de petróleo iraniana, muito menos uma escalada que poderia envolver interrupção dos fluxos de energia pelo Estreito de Ormuz, disse o analista do Barclays Amarpreet Singh em nota. "A questão principal agora é se essa alta do petróleo durará mais do que o fim de semana ou uma semana. Nosso sinal é que há uma probabilidade menor de uma guerra total, e a alta do preço do petróleo provavelmente encontrará resistência", disse Janiv Shah, analista da Rystad.
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