Cresce para 1,5 mil o número de voos cancelados em shutdown dos EUA

Os cancelamentos chegaram a 1,5 mil no 39º dia de shutdown, o mais longo da história. Os atrasos nos voos ultrapassaram 6 mil

Nov 9, 2025 - 09:30
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Cresce para 1,5 mil o número de voos cancelados em shutdown dos EUA

O número de voos cancelados nos 40 maiores aeroportos dos Estados Unidos subiu para 1,5 mil, até o fim de sábado (8/11). Quando a redução do tráfego aéreo dos Estados Unidos começou, na sexta, os cancelamentos giravam em torno de 800.

O transtorno é uma consequência direta da paralisação governamental mais longa da história do país.

Além dos cancelamentos, os viajantes sofrem com os atrasos nos voos. No segundo dia de redução de viagens aéreas, 6,2 mil não saíram no horário.

A redução do tráfego aéreo, que provoca os cancelamentos e atrasos, teve início no momento em que o shutdown do governo entrou no 39º dia. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) decretou a paralisação de 4% das operações de aeroportos.

Caso o shutdown do governo continue, aumentará também a quantidade de voos cancelados, com as operações sendo reduzidas em 10% até a próxima sexta-feira (14/11).

As quatro maiores companhias aéreas dos EUA — Delta, United Airlines, American Airlines e Southwest Airlines — anunciaram o cancelamento preventivo de centenas de voos programados para este fim de semana. A redução afeta tanto o tráfego de cargas quanto voos particulares e de passageiros.

Entenda a redução do tráfego aéreo

Por conta do shutdown, as equipes de tráfego aéreo foram reduzidas, e quem segue trabalhando não recebe salário. Os representantes da Casa Branca informaram que a decisão é uma medida preventiva para garantir que o tráfego aéreo ocorra com segurança.

De acordo com Bedford, a FAA passou a receber reclamações de que controladores de voo estavam trabalhando até a fadiga.

O shutdown do governo dos Estados Unidos entrou, neste sábado, no 39º dia consecutivo. O impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso afeta milhões de cidadãos, paralisa programas federais e ameaça o ritmo da economia da maior potência do mundo.

Sem avanço nas negociações, republicanos e democratas seguem trocando acusações. A disputa, centrada no orçamento e em questões ligadas ao sistema de saúde e benefícios sociais, expôs mais uma vez o profundo bloqueio político em Washington.

Linha do tempo da crise

  • A paralisação começou em 1º de outubro, após o Congresso falhar em aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversas agências governamentais.
  • Em 10 de outubro, Donald Trump declarou pretender “demitir muitos” servidores que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata.
  • Mesmo após uma decisão judicial suspender novas demissões, o governo manteve o plano de enxugamento e indicou que os desligamentos poderiam chegar a 10 mil funcionários caso o impasse persistisse.

Sem salário

Com a paralisação, mais de um milhão de servidores federais continuam sem receber. Parte deles é obrigada a comparecer ao trabalho, enquanto outros foram colocados em licença não remunerada, sem qualquer previsão de retorno.

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Embora uma lei determine o pagamento retroativo após o fim do shutdown, o governo norte-americano ainda não confirmou se aplicará a regra nesta nova crise.

Os trabalhadores terceirizados, como faxineiros de museus e motoristas contratados, não têm sequer essa garantia.

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