Decreto de Trump para restringir entrada de cidadãos de 19 países é mais sofisticado e mantém linhas já aprovadas pela Suprema Corte

Presidente dos Estados Unidos tenta, com nova versão, evitar as contestações jurídicas do primeiro mandato. Trump restringe a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resumiu de forma simples o seu decreto restringindo a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA, a maioria de origem muçulmana: “Não os queremos.” Como fachada para justificar a proibição, Trump citou preocupações com a segurança nacional, após o recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, praticado pelo egípcio Mohamed Sabry Soliman contra um grupo que pedia a libertação dos reféns israelenses em Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Curiosamente, o Egito não integra a lista de países visados pelo presidente americano, que mantém laços com o presidente Abdel Fattah al-Sisi, já qualificado por ele como seu ditador favorito. Forte aliado dos EUA no Oriente Médio, o país representa uma das inconsistências deste novo decreto de Trump. A proibição de entrada para uma dúzia de países e restrições para outros sete começa a vigorar na segunda-feira (9). Com esta medida, Trump reedita, numa versão mais sofisticada, o caótico decreto do início de seu primeiro mandato, em 2017, quando baniu a entrada de viajantes de sete países de origem muçulmana. Na ocasião, a ordem foi bastante contestada na Justiça e modificada até receber o aval da Suprema Corte. O sucessor Joe Biden revogou o decreto, classificando-o como “uma mancha na consciência nacional”. Desta vez, o governo tentou se proteger juridicamente de acusações de islamofobia e discriminação por raça e etnia, mantendo a versão semelhante à aplicada pela Suprema Corte. Trump incluiu países não muçulmanos como Haiti, Guiné Equatorial e Mianmar e limitou a entrada de cidadãos de mais sete países, entre eles, Cuba, Venezuela e Laos. Entre as justificativas que os países relacionados receberam para serem banidos dos EUA estão as ameaças de terror, embora apenas o Irã figure entre os 12 na lista de patrocinadores de terrorismo dos EUA. Trump alega ainda que vários países listados para a proibição de entrada têm procedimentos inconsistentes de verificação de segurança na emissão de passaportes e documentos de viagem e que seus cidadãos ultrapassam o prazo de validade dos vistos nos EUA. “Não deixaremos que o que aconteceu na Europa ocorra em nosso país”, alegou o presidente. Na lista de Trump, dez dos 19 países estão localizados na África. Em boa parte, suas populações estão sujeitas a conflitos armados e perseguições políticas ---razão principal para a busca de refúgio nos EUA. Mas, ao que parece, esta nova versão de proibições aos indesejados de Trump veio para ficar e será mais difícil de ser derrubada. LEIA TAMBÉM: Terrorismo, incompetência governamental e 'overstay': o que Trump argumenta para restringir cidadãos de 19 países nos EUA China promete defender 'com firmeza' direitos de estudantes após decreto de Trump proibir Harvard de admitir estrangeiros Trump mira Biden e manda abrir investigação sobre uso de ‘caneta automática’ em ações presidenciais Donald Trump se irritou ao ouvir questão sobre expressão 'Trump Sempre Arrega', em 28 de maio de 2025 REUTERS/Leah Millis

Jun 5, 2025 - 09:30
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Decreto de Trump para restringir entrada de cidadãos de 19 países é mais sofisticado e mantém linhas já aprovadas pela Suprema Corte

Presidente dos Estados Unidos tenta, com nova versão, evitar as contestações jurídicas do primeiro mandato. Trump restringe a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resumiu de forma simples o seu decreto restringindo a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA, a maioria de origem muçulmana: “Não os queremos.” Como fachada para justificar a proibição, Trump citou preocupações com a segurança nacional, após o recente ataque terrorista em Boulder, Colorado, praticado pelo egípcio Mohamed Sabry Soliman contra um grupo que pedia a libertação dos reféns israelenses em Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Curiosamente, o Egito não integra a lista de países visados pelo presidente americano, que mantém laços com o presidente Abdel Fattah al-Sisi, já qualificado por ele como seu ditador favorito. Forte aliado dos EUA no Oriente Médio, o país representa uma das inconsistências deste novo decreto de Trump. A proibição de entrada para uma dúzia de países e restrições para outros sete começa a vigorar na segunda-feira (9). Com esta medida, Trump reedita, numa versão mais sofisticada, o caótico decreto do início de seu primeiro mandato, em 2017, quando baniu a entrada de viajantes de sete países de origem muçulmana. Na ocasião, a ordem foi bastante contestada na Justiça e modificada até receber o aval da Suprema Corte. O sucessor Joe Biden revogou o decreto, classificando-o como “uma mancha na consciência nacional”. Desta vez, o governo tentou se proteger juridicamente de acusações de islamofobia e discriminação por raça e etnia, mantendo a versão semelhante à aplicada pela Suprema Corte. Trump incluiu países não muçulmanos como Haiti, Guiné Equatorial e Mianmar e limitou a entrada de cidadãos de mais sete países, entre eles, Cuba, Venezuela e Laos. Entre as justificativas que os países relacionados receberam para serem banidos dos EUA estão as ameaças de terror, embora apenas o Irã figure entre os 12 na lista de patrocinadores de terrorismo dos EUA. Trump alega ainda que vários países listados para a proibição de entrada têm procedimentos inconsistentes de verificação de segurança na emissão de passaportes e documentos de viagem e que seus cidadãos ultrapassam o prazo de validade dos vistos nos EUA. “Não deixaremos que o que aconteceu na Europa ocorra em nosso país”, alegou o presidente. Na lista de Trump, dez dos 19 países estão localizados na África. Em boa parte, suas populações estão sujeitas a conflitos armados e perseguições políticas ---razão principal para a busca de refúgio nos EUA. Mas, ao que parece, esta nova versão de proibições aos indesejados de Trump veio para ficar e será mais difícil de ser derrubada. LEIA TAMBÉM: Terrorismo, incompetência governamental e 'overstay': o que Trump argumenta para restringir cidadãos de 19 países nos EUA China promete defender 'com firmeza' direitos de estudantes após decreto de Trump proibir Harvard de admitir estrangeiros Trump mira Biden e manda abrir investigação sobre uso de ‘caneta automática’ em ações presidenciais Donald Trump se irritou ao ouvir questão sobre expressão 'Trump Sempre Arrega', em 28 de maio de 2025 REUTERS/Leah Millis

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