Distribuição de ajuda humanitária é suspensa novamente em Gaza; 16 morrem em novos ataques, diz governo do Hamas

Fundação Humanitária de Gaza (GHF), grupo à frente da distribuição de comida, afirmou que todos os postos de ajuda estão fechados nesta sexta (6), sem previsão de retomada. ONU critica falta de neutralidade e alerta para risco de fome generalizada no território. Uma menina reage após receber uma refeição enquanto outros esperam em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 2 de junho de 2025. Eyad Baba/AFP A distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza voltou a ser suspensa nesta sexta-feira (6). A organização Gaza Humanitarian Foundation (GHF), responsável pela distribuição de alimentos em Gaza e apoiada por Israel e Estados Unidos, anunciou a nova interrupção nesta manhã. O motivo, disse o grupo, foi novamente a falta de segurança durante a distribuição. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nesta sexta-feira, outras 17 pessoas morreram atingida por tiros próximo a um posto de entrega de alimentos em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Ao longo da semana, mais de 50 pessoas também foram mortas a tiros em episódios semelhates, próximo aos locais de distribuição de ajuda humanitária. Esta é a segunda suspensão da entrega de alimentos em Gaza nesta semana. A operação havia sido suspensa na quarta-feira (4), depois de diversos episódios de tumulto, tiros e mortes de palestinos, e retomada na quinta-feira (5). Apenas dois locais na região de Rafah, no sul de Gaza, funcionariam na quinta, após todos os locais terem sido fechados no dia anterior para manutenção. A GHF havia inaugurado três pontos no início da semana, e um dos locais de quinta-feira estava em um novo local, informou a organização. A GHF, que tem sido duramente criticada por organizações humanitárias, incluindo as Nações Unidas, por sua falta de neutralidade, começou a distribuir ajuda na semana passada. O grupo disse que entregou 1,4 milhão de refeições desde que começou a operar. A ONU alertou que a maior parte da população de 2,3 milhões de Gaza corre risco de fome após um bloqueio israelense de 11 semanas ao território — considerado um enclave por sofrer um bloqueio, por Israel, em suas fronteiras terrestres e também em sua costa. Gaza Humanitarian Foundation A organização, com sede no Delaware, estado americano que funciona como um paraíso fiscal, foi criado em fevereiro sem histórico de atuação relevante em lidar com crises humanitárias, mas que mesmo assim recebeu sinal verde dos EUA e de Israel para controlar a distribuição de ajuda em Gaza. Até mesmo as origens do grupo são opacas. Inicialmente, falou-se que o grupo tinha registro na Suíça, mas jornalistas não encontraram nada no endereço indicado. O registro no Delaware foi descoberto pelo jornal "The New York Times". Além disso, segundo informações do "Times" e do jornal israelense "Haaretz", a GHF mantém laços estreitos com duas empresas dos EUA que ficaram responsáveis por garantir a segurança nos centros de distribuição em Gaza. Essas empresas são a Safe Reach Solutions (SRS) e UG Solutions. A primeira delas é ligada a um ex-agente da CIA. Segundo o jornal americano, não está claro de onde vem o dinheiro da GHF, tanto para pagar as firmas de segurança quanto para distribuir os alimentos. VEJA TAMBÉM ONU: pelo 3º dia seguido, palestinos são mortos perto de centro de ajuda humanitária em Gaza

Jun 6, 2025 - 11:00
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Distribuição de ajuda humanitária é suspensa novamente em Gaza; 16 morrem em novos ataques, diz governo do Hamas

Fundação Humanitária de Gaza (GHF), grupo à frente da distribuição de comida, afirmou que todos os postos de ajuda estão fechados nesta sexta (6), sem previsão de retomada. ONU critica falta de neutralidade e alerta para risco de fome generalizada no território. Uma menina reage após receber uma refeição enquanto outros esperam em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 2 de junho de 2025. Eyad Baba/AFP A distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza voltou a ser suspensa nesta sexta-feira (6). A organização Gaza Humanitarian Foundation (GHF), responsável pela distribuição de alimentos em Gaza e apoiada por Israel e Estados Unidos, anunciou a nova interrupção nesta manhã. O motivo, disse o grupo, foi novamente a falta de segurança durante a distribuição. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nesta sexta-feira, outras 17 pessoas morreram atingida por tiros próximo a um posto de entrega de alimentos em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Ao longo da semana, mais de 50 pessoas também foram mortas a tiros em episódios semelhates, próximo aos locais de distribuição de ajuda humanitária. Esta é a segunda suspensão da entrega de alimentos em Gaza nesta semana. A operação havia sido suspensa na quarta-feira (4), depois de diversos episódios de tumulto, tiros e mortes de palestinos, e retomada na quinta-feira (5). Apenas dois locais na região de Rafah, no sul de Gaza, funcionariam na quinta, após todos os locais terem sido fechados no dia anterior para manutenção. A GHF havia inaugurado três pontos no início da semana, e um dos locais de quinta-feira estava em um novo local, informou a organização. A GHF, que tem sido duramente criticada por organizações humanitárias, incluindo as Nações Unidas, por sua falta de neutralidade, começou a distribuir ajuda na semana passada. O grupo disse que entregou 1,4 milhão de refeições desde que começou a operar. A ONU alertou que a maior parte da população de 2,3 milhões de Gaza corre risco de fome após um bloqueio israelense de 11 semanas ao território — considerado um enclave por sofrer um bloqueio, por Israel, em suas fronteiras terrestres e também em sua costa. Gaza Humanitarian Foundation A organização, com sede no Delaware, estado americano que funciona como um paraíso fiscal, foi criado em fevereiro sem histórico de atuação relevante em lidar com crises humanitárias, mas que mesmo assim recebeu sinal verde dos EUA e de Israel para controlar a distribuição de ajuda em Gaza. Até mesmo as origens do grupo são opacas. Inicialmente, falou-se que o grupo tinha registro na Suíça, mas jornalistas não encontraram nada no endereço indicado. O registro no Delaware foi descoberto pelo jornal "The New York Times". Além disso, segundo informações do "Times" e do jornal israelense "Haaretz", a GHF mantém laços estreitos com duas empresas dos EUA que ficaram responsáveis por garantir a segurança nos centros de distribuição em Gaza. Essas empresas são a Safe Reach Solutions (SRS) e UG Solutions. A primeira delas é ligada a um ex-agente da CIA. Segundo o jornal americano, não está claro de onde vem o dinheiro da GHF, tanto para pagar as firmas de segurança quanto para distribuir os alimentos. VEJA TAMBÉM ONU: pelo 3º dia seguido, palestinos são mortos perto de centro de ajuda humanitária em Gaza

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