Economista que ajudou a criar LRF prevê falta de recursos no Brasil
Economista que ajudou a elaborar Lei de Responsabilidade Fiscal diz que, sem ajuste fiscal, faltarão recursos para luz, saúde, educação

Uma das idealizadoras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aprovada há 25 anos, a economista Selene Peres Nunes alertou que o Brasil pode enfrentar falta de recursos para despesas básicas em órgãos públicos. Ela abordou o assunto durante seminário realizado no Tribunal de Contas da União (TCU), na terça-feira (3/5), com apoio da organização MaisProgresso.org.
Segundo Selene, sem um ajuste fiscal urgente, faltará dinheiro para o pagamento de contas essenciais, como luz e água, além de gastos nas áreas de Saúde, Educação e outras funções públicas fundamentais. “A dívida explodiu porque estamos perseguindo o déficit, então vai dar errado”, afirmou.
Leia também
-
Paulo Cappelli
Iniciativa de Barroso no STF gera incômodo no governo Trump
-
Paulo Cappelli
O que Tarcísio diz a Bolsonaro a portas fechadas sobre Moraes e 2026
-
Paulo Cappelli
STF descarta botar tornozeleira em Bolsonaro após Zambelli ir para EUA
-
Paulo Cappelli
Moraes manda bloquear Instagram do filho adolescente de Zambelli
Responsável pelo ajuste fiscal no estado de Goiás, Selene enumerou medidas que, na sua visão, são necessárias para enfrentar a crise fiscal do país. Entre elas, a implementação do teto remuneratório para servidores, o fim dos “puxadinhos” salariais e a revisão das verbas indenizatórias.
A economista apontou a necessidade de rever as emendas parlamentares, que, segundo ela, não estão alinhadas com o orçamento e a gestão pública. “[As emendas] não cabem dentro da conta, e sua forma de operacionalização não está inserida no desenho das políticas de gestão”, afirmou.
Para Selene, o Brasil também precisará realizar uma nova reforma da Previdência e redirecionar investimentos da Educação para a Saúde, em razão do envelhecimento da população. Outra sugestão da economista é flexibilizar as regras do salário mínimo como forma de equilibrar as contas públicas.
What's Your Reaction?






