Eduardo Bolsonaro agradece Trump por revogar visto de Moraes: “Só o começo”
"Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA", disse Eduardo em publicação no X

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela decisão de suspender os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, familiares próximos e aliados da Corte. O anúncio do ato do governo dos EUA foi divulgado na noite desta sexta-feira (18/7) pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
Em publicações seguidas no X, Eduardo disse que “este é só o começo”, que “tem muito mais por vir” e que “não haverá recuo” do governo norte-americano.
“Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também – ou quem sabe até perderão seus vistos. Eis o custo Moraes para quem sustenta o regime”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
No anúncio de revogação dos vistos, feito nas redes, Marco Rubio disse que Moraes criou um “complexo de perseguição e censura” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os brasileiros, e que se entende para além das fronteiras do país:
“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na Corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”, afirmou Rubio.
Operação contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes afirmou, ao autorizar a operação da PF realizada nesta sexta (18/7), que “lamentavelmente” o ex-presidente e Eduardo Bolsonaro comemoraram “gravíssima agressão estrangeira” e instigaram os EUA a tomarem “novas medidas e atos hostis” contra o Brasil.
“Lamentavelmente, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro e o réu Jair Messias Bolsonaro comemoraram a gravíssima agressão estrangeira ao Brasil, manifestando-se favoravelmente às ‘sanções/taxações’ e instigando o governo norte-americano a tomar novas medidas e atos hostis contra o Brasil, inclusive para ‘submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional’, como se verifica em várias manifestações nas redes sociais e na imprensa”, escreveu Moraes.
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Fachada do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 6
Comboio que trouxe o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Centro integrado de monitoração Eletrônica (CIME), para colocar a tornozeleira eletrônicaSamuel Reis3 de 6
Bolsonaro chegando ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 6
Jair Bolsonaro responde jornalistas ao deixar o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 6
Bolsonaro nega intenção de deixar o BrasilSamuel Reis6 de 6
Jair Bolsonaro fala com a imprensaSamuel Reis
A PF apresentou o pedido de busca e apreensão contra o ex-presidente, além de medidas cautelares contra ele, como o uso de tornozeleira eletrônica — o que também teve aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes concordou e autorizou a operação.
Ao citar exemplos de que o ex-presidente atuou, junto ao filho, para apoiar as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Moraes considerou que as ações dos dois são de “gravíssima agressão estrangeira ao Brasil”. O ministro pontuou que as condutas dos dois caracterizam claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões de práticas criminosas, especialmente aqueles de coação, obstrução de investigação e atentado à soberania.
“A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil, para gerar uma pressão política e social no Poder Judiciário e impactar as relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos da América, bem como na interferência no andamento da AP 2.668/DF – que se encontra em fase de alegações finais”, prosseguiu o ministro.
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