Epstein disse em e-mail que Trump sabia de esquema de abusos sexuais e passou 'horas' com uma das vítimas

Brasileira fala de abusos que sofreu de Jeffrey Epstein aos 14 anos Jeffrey Epstein alegou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "sabia" de suas condutas e que certa vez Trump "passou horas" em sua casa com uma vítima de abuso, segundo e-mails publicados pelo Congresso dos EUA nesta quarta-feira (12). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo os democratas do Congresso, os e-mails levantam novas dúvidas sobre a relação entre Trump e Epstein. Em uma das mensagens vistas pelos congressistas, o bilionário afirma categoricamente que Trump “sabia sobre as meninas” —muitas das quais foram posteriormente identificadas pelos investigadores como menores de idade. Jeffrey Epstein, um empresário dos EUA conhecido por sua vasta rede de contatos com políticos, celebridades e empresários de alto nível, foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual. Ele foi preso em julho de 2019 e tirou a própria vida cerca de um mês depois dentro de sua cela. Desde então, o caso e as condições de sua morte ganharam notoriedade pública. (Leia mais abaixo) Em um e-mail de abril de 2011, Epstein disse a Ghislaine Maxwell, que mais tarde seria condenada por acusações relacionadas à facilitação de seus crimes: “Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump.” Ele acrescentou que uma vítima não identificada “passou horas na minha casa com ele … e nunca foi mencionada uma única vez.” Em outro e-mail divulgado nesta quarta, Epstein reflete sobre como deveria responder a perguntas da imprensa sobre sua relação com Trump, que à época começava a ganhar destaque como figura política nacional. Donald Trump processa jornal por divulgar suposta carta a Jeffrey Epstein Reprodução/TV Globo O caso Epstein é uma crise do governo Trump. A população americana, incluindo os apoiadores do presidente, demandam a publicação total dos documentos ligados ao criminoso sexual (leia mais abaixo). A pressão aumentou sobre o governo Trump após o Departamento de Justiça ter publicado, em fevereiro, alguns documentos do caso, porém sem novidades. A partir daí, o presidente passou a minimizar o caso e até a chamar de "idiota" quem ainda se importava com isso —sendo que o próprio republicano ajudou a aumentar com teorias da conspiração durante anos. O presidente foi avisado em maio por seu Departamento de Justiça que ele aparecia nos documentos de Epstein. Trump nega enfaticamente qualquer envolvimento ou conhecimento sobre a rede de tráfico sexual de Epstein. Ele afirmou que ele e o bilionário foram amigos no passado, mas romperam a relação há muitos anos. Bilhete de Trump Democratas divulgam suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua Outros documentos revelados pela Câmara incluem uma suposta carta enviada Trump a Epstein. O registro traz uma mensagem datilografada dentro da silhueta de uma mulher nua desenhada à mão. A assinatura “Donald” aparece abaixo da cintura da figura. O texto termina com a frase: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo.” O conteúdo da carta havia sido revelado pela primeira vez em julho pelo jornal The Wall Street Journal, que reproduziu apenas o texto, sem mostrar o documento original. Na ocasião, Trump negou a autoria, entrou com um processo contra o jornal e pediu uma indenização de US$ 10 bilhões. Leia, a seguir, a tradução da suposta carta: Narrador: Deve haver mais na vida do que ter tudo. Donald: Sim, existe, mas não vou te dizer o que é. Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é. Donald: Temos certas coisas em comum, Jeffrey. Jeffrey: É verdade, pensando bem. Donald: Enigmas nunca envelhecem, você já notou? Jeffrey: Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi. Donald: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo. Em julho, Trump negou ter escrito a carta ou desenhado uma mulher nua: "Nunca pintei um quadro na minha vida. Não desenho mulheres", disse. "Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras." Partido Democrata divulga suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua Reprodução Nesta segunda-feira, logo após a divulgação da página com a suposta carta, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, questionou a autenticidade do documento e disse que a assinatura apresentada é diferente da usada por Trump. Logo após a divulgação do arquivo, o vice-chefe de Gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, questionou a autenticidade da carta e disse que a assinatura que aparece na correspondência é diferente da usada por Trump. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou a carta como falsa e afirmou que "está muito claro que o presidente Trump não desenhou essa imagem e nem a assinou". "A equipe jurídica do presidente continuará a levar adiante o processo [contra o Wall Street Journal] de forma agressiva", publicou. Apesar das dúvidas levantadas pela Casa Branca, ve

Nov 12, 2025 - 12:30
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Epstein disse em e-mail que Trump sabia de esquema de abusos sexuais e passou 'horas' com uma das vítimas

Brasileira fala de abusos que sofreu de Jeffrey Epstein aos 14 anos Jeffrey Epstein alegou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "sabia" de suas condutas e que certa vez Trump "passou horas" em sua casa com uma vítima de abuso, segundo e-mails publicados pelo Congresso dos EUA nesta quarta-feira (12). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo os democratas do Congresso, os e-mails levantam novas dúvidas sobre a relação entre Trump e Epstein. Em uma das mensagens vistas pelos congressistas, o bilionário afirma categoricamente que Trump “sabia sobre as meninas” —muitas das quais foram posteriormente identificadas pelos investigadores como menores de idade. Jeffrey Epstein, um empresário dos EUA conhecido por sua vasta rede de contatos com políticos, celebridades e empresários de alto nível, foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual. Ele foi preso em julho de 2019 e tirou a própria vida cerca de um mês depois dentro de sua cela. Desde então, o caso e as condições de sua morte ganharam notoriedade pública. (Leia mais abaixo) Em um e-mail de abril de 2011, Epstein disse a Ghislaine Maxwell, que mais tarde seria condenada por acusações relacionadas à facilitação de seus crimes: “Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump.” Ele acrescentou que uma vítima não identificada “passou horas na minha casa com ele … e nunca foi mencionada uma única vez.” Em outro e-mail divulgado nesta quarta, Epstein reflete sobre como deveria responder a perguntas da imprensa sobre sua relação com Trump, que à época começava a ganhar destaque como figura política nacional. Donald Trump processa jornal por divulgar suposta carta a Jeffrey Epstein Reprodução/TV Globo O caso Epstein é uma crise do governo Trump. A população americana, incluindo os apoiadores do presidente, demandam a publicação total dos documentos ligados ao criminoso sexual (leia mais abaixo). A pressão aumentou sobre o governo Trump após o Departamento de Justiça ter publicado, em fevereiro, alguns documentos do caso, porém sem novidades. A partir daí, o presidente passou a minimizar o caso e até a chamar de "idiota" quem ainda se importava com isso —sendo que o próprio republicano ajudou a aumentar com teorias da conspiração durante anos. O presidente foi avisado em maio por seu Departamento de Justiça que ele aparecia nos documentos de Epstein. Trump nega enfaticamente qualquer envolvimento ou conhecimento sobre a rede de tráfico sexual de Epstein. Ele afirmou que ele e o bilionário foram amigos no passado, mas romperam a relação há muitos anos. Bilhete de Trump Democratas divulgam suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua Outros documentos revelados pela Câmara incluem uma suposta carta enviada Trump a Epstein. O registro traz uma mensagem datilografada dentro da silhueta de uma mulher nua desenhada à mão. A assinatura “Donald” aparece abaixo da cintura da figura. O texto termina com a frase: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo.” O conteúdo da carta havia sido revelado pela primeira vez em julho pelo jornal The Wall Street Journal, que reproduziu apenas o texto, sem mostrar o documento original. Na ocasião, Trump negou a autoria, entrou com um processo contra o jornal e pediu uma indenização de US$ 10 bilhões. Leia, a seguir, a tradução da suposta carta: Narrador: Deve haver mais na vida do que ter tudo. Donald: Sim, existe, mas não vou te dizer o que é. Jeffrey: Nem eu, já que também sei o que é. Donald: Temos certas coisas em comum, Jeffrey. Jeffrey: É verdade, pensando bem. Donald: Enigmas nunca envelhecem, você já notou? Jeffrey: Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi. Donald: Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo. Em julho, Trump negou ter escrito a carta ou desenhado uma mulher nua: "Nunca pintei um quadro na minha vida. Não desenho mulheres", disse. "Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras." Partido Democrata divulga suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua Reprodução Nesta segunda-feira, logo após a divulgação da página com a suposta carta, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, questionou a autenticidade do documento e disse que a assinatura apresentada é diferente da usada por Trump. Logo após a divulgação do arquivo, o vice-chefe de Gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, questionou a autenticidade da carta e disse que a assinatura que aparece na correspondência é diferente da usada por Trump. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou a carta como falsa e afirmou que "está muito claro que o presidente Trump não desenhou essa imagem e nem a assinou". "A equipe jurídica do presidente continuará a levar adiante o processo [contra o Wall Street Journal] de forma agressiva", publicou. Apesar das dúvidas levantadas pela Casa Branca, veículos da imprensa americana resgataram documentos da década de 1990 em que a assinatura de Trump aparece semelhante à que consta na suposta carta. Epstein x Trump 'Nunca tive o privilégio': Trump diz que recusou convite para ir a ilha de Jeffrey Epstein Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões. Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual. O bilionário morreu na cadeia poucos dias depois de ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida. Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo. Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso. Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que a tal documento é uma farsa. A mudança de versão irritou a base de apoiadores do republicano. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual.

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