Estudo revela: idosos de hoje estão até 6 anos mais jovens que gerações anteriores
Envelhecer faz parte da vida – e é cada vez mais comum chegar à terceira idade com disposição, lucidez e independência. Um estudo publicado na revista Nature aponta que os idosos de hoje apresentam um desempenho físico e cognitivo equivalente ao de pessoas seis anos mais jovens de gerações passadas. Conduzido pela Robert N. Butler […]


Envelhecer faz parte da vida – e é cada vez mais comum chegar à terceira idade com disposição, lucidez e independência. Um estudo publicado na revista Nature aponta que os idosos de hoje apresentam um desempenho físico e cognitivo equivalente ao de pessoas seis anos mais jovens de gerações passadas.
Conduzido pela Robert N. Butler Columbia Aging Center, nos Estados Unidos, com dados da Inglaterra e da China, o levantamento demonstra que melhorias na nutrição e na educação têm contribuído para um envelhecimento mais equilibrado. “Uma pessoa de 68 anos, nascida em 1950, tinha uma capacidade semelhante à de alguém de 62 anos, nascido uma década antes”, afirma o professor John Beard, da Universidade de Columbia.
Mas, para garantir chegar na terceira idade ativo, é preciso olhar com atenção para algo muitas vezes negligenciado: o metabolismo. Isso porque, à medida que os anos passam, nosso corpo muda, e como ele consome energia, também.
Uma das formas mais simples de acompanhar essas mudanças é por meio da Taxa de Metabolismo Basal (TMB), que indica a quantidade de energia (em calorias) que o corpo gasta em repouso para manter funções vitais, como respirar, bombear sangue e regular a temperatura.
Por que o metabolismo desacelera com o passar do tempo?
O metabolismo não é estático. A partir dos 30 anos, ele começa a desacelerar progressivamente, e essa redução tende a se acentuar com o envelhecimento. Isso acontece porque há uma perda natural de massa muscular – processo chamado de sarcopenia –, além de alterações hormonais e menor atividade física em geral.
Como consequência, o corpo passa a queimar menos calorias em repouso. Ou seja, mesmo sem mudar os hábitos alimentares, é possível que uma pessoa idosa ganhe peso, sinta mais fadiga ou perceba redução de força.
Nutrição inteligente na terceira idade: menos excessos, mais precisão
Na terceira idade, comer bem não significa comer muito, e sim comer de forma adequada. A nutrição precisa ser personalizada, considerando fatores como TMB, nível de atividade física, presença de doenças crônicas, medicações em uso e até funcionamento digestivo.
Por isso, calcular a TMB é o primeiro passo útil. Com esse número em mãos, é possível estimar com mais precisão quantas calorias são necessárias por dia, o que ajuda a montar cardápios, prevenir perda de massa magra e evitar o acúmulo de gordura corporal.
Ferramentas como a calculadora TMB podem ajudar idosos e cuidadores a entender de forma prática quantas calorias o corpo precisa em repouso – e ajustar a alimentação de acordo com essa realidade. Basta inserir dados como idade, peso, altura e nível de atividade física para obter uma estimativa da necessidade calórica diária.
Quando procurar um especialista
É essencial contar com o acompanhamento de um nutricionista ou geriatra para interpretar corretamente os dados e orientar intervenções eficientes. Cada organismo envelhece de maneira única e pode responder de formas distintas às mudanças na dieta e no estilo de vida.
Um plano alimentar bem ajustado ajuda não somente no controle do peso, mas também na prevenção de doenças, como diabetes tipo 2, hipertensão, osteoporose e distúrbios cognitivos. O acompanhamento médico regular permite monitorar indicadores importantes de saúde e agir preventivamente.
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