EUA anunciam tarifa de até 3.500% para painéis solares asiáticos
Medida tem como alvo quatro países: Camboja, Tailândia, Malásia e Vietnã, cuja produção estaria sendo usados por empresas chinesas

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou que poderá aplicar tarifas de até 3.500% sobre a importação de painéis solares vindos de quatro países do Sudeste Asiático. São eles o Camboja, a Tailândia, a Malásia e o Vietnã.
A decisão, anunciada na segunda-feira (21/4), está relacionada a acusações de que empresas ligadas à China estariam se beneficiando da produção dos painéis nos países vizinhos. Com isso, estariam tendo acesso a subsídios ilegais e praticando dumping no mercado americano.
A medida resultou de uma investigação iniciada no ano passado. Ela foi solicitada por fabricantes como a Hanwha Qcells, a First Solar e outros produtores de painéis dos EUA. As companhias alegam que fabricantes chineses estariam transferindo operações para países do Sudeste Asiático, escapando de tarifas e mantendo práticas de comércio desleal.
A decisão final sobre as novas taxas será tomada em 2 de junho pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC, na sigla em inglês).
Se aplicadas, as novas tarifas vão variar de acordo com o país e o grau de cooperação das empresas com a investigação americana. Exportadores do Camboja enfrentarão as maiores alíquotas. Elas podem chegar a 3.500%. No caso da Tailândia, o limite máximo será de 800%, além de 542% para a Tailândia e 170% para o Vietnã.
Os EUA importaram quase US$ 12 bilhões em equipamentos solares desses quatro países em 2023. Os novos tributos serão adicionados às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
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