Favela do Moinho: silo está em ruína e deve ser demolido, diz Crea

Relatório feito a pedido da gestão Tarcísio aponta que a estrutura, no centro de São Paulo, não teve manutenção preventiva

Jun 6, 2025 - 16:00
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Favela do Moinho: silo está em ruína e deve ser demolido, diz Crea

Uma análise feita pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), a pedido do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), aponta que o silo da Favela do Moinho, no centro de São Paulo, está em ruína. O relatório recomenda a demolição do reservatório.

Segundo os profissionais envolvidos no estudo, o silo se encontra “em condições desfavoráveis à estabilidade global, inclusive por deterioração dos materiais simples e compostos utilizados em sua construção. O marco local está em estado de ruína, por enquanto parcial”, diz o documento, que foi enviado para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH). 9 imagensPoliciais na Favela do MoinhoPMs usaram escudo para avançar contra protesto na linha 8-DiamanteFumaça invadiu centro de São Paulo durante protesto contra demolição de casas na Favela do MoinhoDemolição Favela do MoinhoFavela do Moinho está entre duas linhas de trem da CPTMFechar modal.1 de 9

PMs na Favela do MoinhoValentina Moreira/Metrópoles 2 de 9

Policiais na Favela do MoinhoValentina Moreira/Metrópoles 3 de 9

PMs usaram escudo para avançar contra protesto na linha 8-DiamanteValentina Moreira/Metrópoles 4 de 9

Fumaça invadiu centro de São Paulo durante protesto contra demolição de casas na Favela do MoinhoValentina Moreira/Metrópoles 5 de 9

Demolição Favela do MoinhoCDHU/Reprodução6 de 9

Favela do Moinho está entre duas linhas de trem da CPTMJessica Bernardo/Metrópoles7 de 9

CDHU marca casas da Favela do MoinhoJessica Bernardo/Metrópoles8 de 9

Ruas de terra, barracos de madeira e fios emaranhados fazem parte do cenário da Favela do MoinhoJessica Bernardo/Metrópoles9 de 9

Favela do Moinho teve saneamento básico regularizado em 2022Jessica Bernardo/Metrópoles

A estrutura que abrigou a produção do Moinho Central, desativado na década de 1980, é feita de concreto armado e não apresenta indícios de manutenção preventiva, segundo o relatório do Crea. “Ao considerarmos os fatores mínimos de segurança a serem adotados como maneira de preservação às vidas humanas, bem como danos materiais e ambientais, é recomendável a demolição responsável da estrutura”, diz o documento.

Demolição de casas

O governo do estado iniciou no mês passado a demolição de casas desocupadas da Favela do Moinho. A ação virou motivo de protestos dos moradores e desencadeou na decisão do governo federal de interromper o processo de cessão do território.

O terreno onde a favela está instalada foi ocupado por moradores na década 1990, após a desativação de uma antiga fábrica de farinha. O local acabou transferido para a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), chegou a ser leiloado, mas voltou recentemente para o patrimônio da União, após uma decisão judicial. Atualmente, a área é administrada pela Secretaria do Patrimônio Urbano (SPU).

Em novembro de 2023, a gestão de Tarcísio entrou com pedido para que a União cedesse o espaço ao estado. A proposta é usar a área para construir o Parque Urbano do Moinho, além de outras instalações. Para isso, o governo federal exigiu, como contrapartida, que o estado apresentasse um plano de reassentamento para os moradores.

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Em meio às críticas ao programa habitacional — acusado, entre outros aspectos, de incentivar os moradores a fraudar a própria renda e de pressioná-los a assinar contratos –, parte das famílias aceitou as propostas e deixou a favela, desocupando as habitações no Moinho.

Foi quando começou o entrave sobre a demolição ou não dos imóveis. O governo estadual afirma que as moradias vazias oferecem risco à segurança e à saúde dos moradores que permanecem na favela e defende a derrubada dos imóveis.

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