Flávio candidato: “Não dá para levar a sério”, diz presidente do PT

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou, nesta terça-feira (9/12) que não dá para “levar a sério” a pré-candidatura à presidência da República do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A colocação foi feita durante uma conversa com jornalistas em Brasília.

Edinho critica a postura de Flávio em lançar a candidatura e logo em seguida abrir espaço para negociação, pois o senador chegou a afirmar que “tinha um preço”.

“Ninguém lança candidatura num dia e abre pra negociação no outro dia, não dá pra levar a sério, tem muita coisa pra acontecer ainda. É preciso focar em mostrar conquistas do presidente Lula, contrapor com o governo anterior que abandonou o povo brasileiro na pior tragédia da nossa história, que foi a pandemia de Covid”, afirma o petista.

O presidente do PT ainda reforça que Flávio está errando com esse processo de negociação e que nem mesmo quem vai negociar, “vai levar a sério” o pedido do senador.

Leia também

• São Paulo

  Lula topa debater dosimetria do 8/1, mas não agora, diz Edinho

• Brasil

  “Não nascerá outro Lula”, diz Edinho ao assumir presidência do PT

• São Paulo

  Apoio discreto a Flávio Bolsonaro coloca em xeque empenho de Tarcísio

• Brasil

  Flávio cita Bolsonaro “angustiado” e cobra Paulinho por PL da Anistia

“Não estou fazendo uma crítica (ao Flávio), não importa muito se o adversário será lula ou será outro. Independentemente do adversário, ele vem capitalizando essa polarização e com mais de 30% dos votos”, afirmou.

Contexto

Flávio Bolsonaro anunciou, na última sexta-feira (5/12), sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. O Metrópoles revelou, na coluna de Paulo Cappelli, que Bolsonaro já havia comunicado a decisão a interlocutores e aliados próximos.

No domingo (7/12), Flávio disse que o “preço” para desistir de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026 seria seu pai, Jair Bolsonaro, solto e apto a disputar as eleições.

Após visita ao pai, nesta terça-feira (9/12), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), o senador reafirmou sua pré-candidatura e garantiu que a  a decisão de ser candidato é “irreversível”. “Não vamos voltar atrás”, frisou.