Galípolo: Defesa da responsabilidade fiscal de Motta é “boa notícia”

Em discurso no litoral de São Paulo, Hugo Motta defendeu medidas rígidas de corte de gastos diante da tentativa do governo de aumentar o IOF

Jun 7, 2025 - 13:00
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Galípolo: Defesa da responsabilidade fiscal de Motta é “boa notícia”

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, elogiou o discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em defesa da revisão dos gastos públicos e crítico ao aumento da carga tributária. Durante evento com empresários no Guarujá, no litoral paulista, neste sábado (7/6), Galípolo disse ser uma “boa notícia” a “disposição” para avançar com uma agenda estrutural.

“A boa notícia que nós temos é essa disposição que existe do Legislativo e do Executivo, junto com o setor privado, de avançar com uma agenda estrutural que possa sinalizar uma sustentabilidade das dívidas e das contas públicas. A disposição que foi manifestada aqui [em evento com empresários no Guarujá] pelo presidente da Câmara, presidente do Senado, junto com diversos ministros e o próprio presidente Lula de discutir e enfrentar essa agenda estrutural (…) Eu acho isso uma ótima notícia (…)”.

Minutos antes, Motta havia afirmado em seu discurso que o modelo tributário do país privilegia gastos públicos, que não refletem em ganhos para os cidadãos. 4 imagensGabriel Galípolo“A boa política começa no orçamento e não na propaganda”, disse Motta. Antes da manifestação do presidente da Câmara, João Camargo, presidente do conselho do Grupo Esfera, organizador do evento, disse que "Hugo Motta fará um discurso histórico".Fechar modal.1 de 4

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou o aumento de impostos Ian Rassari/Divulgação2 de 4

Gabriel GalípoloReprodução/Youtube3 de 4

“A boa política começa no orçamento e não na propaganda”, disse Motta. Ian Rassari/Divulgação4 de 4

Antes da manifestação do presidente da Câmara, João Camargo, presidente do conselho do Grupo Esfera, organizador do evento, disse que "Hugo Motta fará um discurso histórico".Ian Rassari/Divulgação

Durante o evento, Galípolo foi questionado sobre a participação do presidente Lula (PT) na garantia da responsabilidade fiscal. Em resposta, ele disse que, ao contrário da política monetária, a política fiscal exigia a “negociação com diversos autores”.

“(…) Esses processos realmente têm que ser consensados e discutidos. A institucionalidade da política monetária e fiscal tem essa diferença. Eu tenho autonomia para tomar as decisões, ainda que elas possam gerar algum tipo de protesto e crítica (…) Mas o Banco Central consegue tomar as decisões ainda que elas gerem críticas. Na política fiscal, ela demanda mesmo esse tipo de negociação com diversos autores”, disse o presidente do BC.

Crise do IOF

O presidente do BC ainda foi perguntado sobre as consequências das idas e vindas do governo federal em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Galípolo afirmou que o imposto deverá ser debatido na próxima reunião com o Copom, que acontece nos dia 17 e 18 de junho, com “flexibilidade e cautela”.

“A política monetária no curto prazo segue o que a gente vem comunicando na comunicação oficial. A nossa comunicação tem repetido várias vezes: flexibilidade e cautela. Flexibilidade significa que nós vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados.”

Durante o evento, Hugo Motta disse que pode pautar para terça-feira (10/6) a votação de um projeto para derrubar o decreto do governo que aumentou alíquotas do imposto.

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