Golpista “fragmentado” vendia cursos falsos e se passava por médico
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu homem que se utilizava de documentos e vestimentas falsas para enganar alunos
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, na última segunda-feira (28/4), em Caldas Novas (GO), um homem que criava diversos personagens para enganar consumidores e vender cursos de qualificação profissional falsos.
Roberto Cohen, que também se identifica como Zygmunt Cohen — em uma suposta nacionalidade israelense —, foi preso em flagrante pela prática do crime de falsificação de documentos e uso indevido de símbolos públicos. As investigações apontaram que o homem “fragmentado” utilizava-se de informações falsas para enganar clientes e vender cursos.
Veja vídeo de roupas e documentos falsos:
O delegado Tiago Fraga Ferrão, responsável pelo caso, apontou a possível prática do crime de exercício ilegal da medicina, já que o suspeito se passava por médico, exibindo diversos diplomas. “Ele exibia diplomas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado em áreas como medicina molecular, genética, neurocirurgia e até neurocirurgia robótica. São especializações de alta complexidade, e há fortes indícios de que ele não tenha formação legítima nessas áreas”, declarou.
As autoridades localizaram Roberto Cohen após constatar que ele usava informações falsas tanto em páginas na internet quanto na entrada do estabelecimento.
Veja o que foi encontrado durante as buscas da PCGO
- Um simulacro de arma de fogo, fardamentos, brevês e insígnias de missão de paz da ONU, inúmeros diplomas de faculdades brasileiras e estrangeiras para cursos – inclusive de pós-doutorado (PhD) – nas áreas de medicina (neurocirurgia robótica, genética, medicina molecular, medicina preventiva etc), psicologia, farmácia, fisioterapia, direito, administração, física quântica e astrofísica
- Também foram encontrados diplomas com emblemas da Agência de Inteligência dos EUA, para cursos de contraterrorismo e inteligência internacional.
Os agentes também encontraram diversos crachás, carteiras e identidades funcionais supostamente de autarquias federais, embaixadas, agências nacionais e internacionais, entidades eclesiásticas e outros órgãos. O suspeito se utilizava desses documentos para passar credibilidade e vender os cursos falsos.
Cohen foi autuado por falsificação de documentos públicos e privados e uso indevido de marcas, logotipos e símbolos da Administração Pública. Em seguida, foi encaminhado ao presídio.
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