Governo corre para evitar caos aéreo com paralisação de voos

Sindicato Nacional dos Controladores de Voo anunciou greve a partir do dia 24, o que irá impedir decolagens nos principais aeroportos

Sep 17, 2025 - 17:30
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Governo corre para evitar caos aéreo com paralisação de voos

O governo busca alternativas para evitar a greve dos controladores de voo, que pode paralisar as decolagens nos principais aeroportos do país a partir da próxima semana. A ameaça foi anunciada no dia 10/9, mas o governo ainda tenta um acordo para reverter o apagão marcado para o dia 24/9.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou à coluna que uma reunião nesta quarta-feira, 17/9, entre a NAV Brasil — empresa pública responsável pela navegação aérea — e o Ministério da Gestão discutirá as reivindicações dos servidores do setor. A NAV é subordinada ao Ministério da Defesa, mas a pasta de Portos e Aeroportos acompanha o tema de perto. O Ministério Púbico do Trabalho deu até sábado para se buscar um acordo.

 

Como mostrou a coluna, os servidores da NAV são responsáveis por 37% dos pousos e decolagens no país. O plano de greve prevê que nenhum voo decolará entre 11h e 12h e entre 15h e 16h nos dias 24, 26 e 30 de setembro, além do dia 2 de outubro.

A NAV é responsável pelo controle de tráfego aéreo em 43 aeroportos, entre eles aeroportos estratégicos como Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Santos Dumont (RJ) e Galeão (RJ) de onde partem voos internos e para o exterior.

Em nota, a NAV informou que “acompanha atentamente o cenário e trabalha intensamente para minimizar eventuais impactos, em conformidade com os normativos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e em coordenação com os demais órgãos do SISCEAB”.

A empresa acrescentou que já fez 17 reuniões com a representação sindical visando à negociação e à celebração do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o período de 2025/2027.

“É importante destacar que, ao longo de todo o processo, a NAV Brasil tem se mantido aberta ao diálogo, atuando dentro dos limites legais, institucionais e de sustentabilidade para atender aos pleitos apresentados.”

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo afirma que “a precarização das condições de trabalho está a ponto de afetar a segurança aérea”. A NAV está há 14 anos sem realizar concurso público, o que resulta em déficit operacional e aumento da pressão sobre os trabalhadores, “submetidos a jornadas exaustivas, gerando risco aeronáutico”.

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