Governo gastou R$ 345 mil ao trazer ex-primeira-dama condenada do Peru

Informação consta em resposta ao deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Nadine Heredia foi condenada por lavagem em caso da Odebrecht no Peru

Nov 14, 2025 - 18:00
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Governo gastou R$ 345 mil ao trazer ex-primeira-dama condenada do Peru

O governo brasileiro gastou R$ 345.013,56 para trazer ao país a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Ela foi trazida ao Brasil pela Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 16 de abril deste ano, após ser condenada por lavagem de dinheiro em um processo que envolvia o governo da Venezuela e a construtora Novonor (antiga Odebrecht).

A informação sobre os gastos consta da resposta da FAB a um requerimento de informações formulado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Heredia é casada com o ex-presidente peruano Ollanta Humala. Além de trazê-la do Peru, o governo brasileiro concedeu asilo diplomático a Heredia. No começo deste mês, ela pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender qualquer pedido de extradição contra ela.

“A operação teve um custo total de R$ 345.013,56, detalhados conforme dados abaixo: a), b) e c): R$ 318.009,20 de custo logístico; d) R$ 7.547,62 de diárias para os tripulantes; e e) R$ 19.456,74 de taxas aeroportuárias (handling)”, diz a resposta da FAB.

“Gastaram R$ 345 mil do dinheiro do povo para usar um FAB como Uber para buscar uma corrupta condenada no Peru e a ordem partiu diretamente do presidente Lula”, disse Van Hattem.

“A aeronave decolou de Brasília às 22h45min do dia 15 de abril de 2025, efetuou um pouso técnico em Cuiabá e prosseguiu para o Aeroporto Internacional Jorge Chávez, na cidade de Lima. Pousou em Lima às 2h45min (horário local). Decolou da cidade às 4h20min (local), efetuou um pouso técnico em Cuiabá e pousou em Brasília às 11h40min do dia 16 de abril de 2025”, diz a resposta.

Na resposta, a FAB afirma ainda que “não houve estimativa prévia de custos” com a viagem de Heredia.

Na época da viagem, Nadine era representada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas. Na ocasião, Carvalho defendeu o uso do voo da FAB por parte de Heredia. Segundo ele, a decisão cumpria um tratado internacional assinado pelo Brasil com o Peru em 1954.

“A gente reconhece, aplaude e louva a decisão do governo brasileiro, que respeitou um tratado internacional assinado pelo Brasil e pelo Peru em 1954. Todas as regras diplomáticas foram rigorosamente observadas. O Brasil deu um show de diplomacia”, disse ele ao portal Poder360 à época.

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