Índia lança mísseis contra o Paquistão na Caxemira; governo paquistanês diz que uma criança foi morta
Ação seria resposta a um ataque terrorista que deixou 26 mortos no lado indiano do território no último dia 22. Os dois países disputam a região desde a independência do Reino Unido. Explosão no Paquistão após ataque da Índia Scopal via Reuters A Índia confirmou ter atacado nove alvos do Paquistão na região da Caxemira, nesta terça-feira (6). Segundo o governo paquistanês, uma criança morreu e duas pessoas ficaram feridas na ação. De acordo com Nova Déli, a operação batizada de Sindoor atingiu infra-estrutura de terroristas localizadas no país vizinho e que suas ações "são precisas, comedidas e não escalatórias em sua natureza", e seria resposta a um ataque terrorista na Caxemira indiana que deixou 26 mortos no último dia 22. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução", afirmou Nova Déli, em um comunicado. O Paquistão, por sua vez, afirmou que os indianos atacaram três locais com mísseis e que vai responder à agressão. Islamabad disse que fechou seu espaço aéreo por 48 horas e que os voo comerciais ainda no ar estão sendo desviados. Várias explosões foram ouvidas nas montanhas ao redor da cidade de Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa, bem como em outros dois locais da região, relataram testemunhas da Reuters e um canal de TV paquistanês nesta quarta. Após as explosões, a energia elétrica de Muzaffarabad foi cortada, disseram as testemunhas. Não ficou imediatamente claro o que foram as explosões. Um porta-voz das Forças Armadas do Paquistão disse à emissora ARY que a Índia atacou o Paquistão com mísseis em três locais e que o Paquistão responderia. Ambos os países, adversários históricos, possuem armas nucleares. O incidente ocorre em meio ao aumento das tensões entre os vizinhos após um ataque a turistas hindus na Caxemira indiana no mês passado. A Índia culpou o Paquistão pela violência, na qual 26 homens foram mortos, e prometeu responder. O Paquistão negou qualquer envolvimento nos assassinatos e afirmou ter informações de que a Índia planejava atacar. Explosões são ouvidas no Paquistão após Índia anunciar ataque Caxemira A Caxemira é uma região na cordilheria do Himalaia disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido, em 1947. Atualmente, o controle de fato dela é dividido entre os dois países, além da China, que controla uma porção ao leste. Tanto Nova Déli quanto Islamabad, porém, reivindicam a totalidade do território. No último dia 22, homens armados abriram fogo contra turistas em um resort, deixando 26 mortos — a maioria indianos — em Pahalgam. O ataque terrorista foi reivindicado por um grupo militante chamado "Resistência da Caxemira", até então desconhecido entre os grupos que fazem ataques no território. Desde então, as tensões na região voltaram a crescer. A Índia classificou o massacre como um “ataque terrorista” e acusou o Paquistão de estar por trás da ação. O Paquistão, por sua vez, negou qualquer envolvimento no ataque e retaliou: fechou o espaço aéreo para aviões indianos, cancelou vistos e suspendeu relações comerciais com o vizinho. Com a região em alerta máximo, três oficiais do Exército indiano relataram que soldados paquistaneses dispararam contra uma posição indiana na noite de quinta-feira. Como resposta, os soldados indianos revidaram o ataque, mas não houve vítimas, segundo os oficiais, que pediram anonimato por questões de protocolo. As Nações Unidas pediram à Índia e ao Paquistão "máxima contenção para garantir que a situação não se deteriore ainda mais". Agentes da Força de Segurança de Fronteira indiana guardam barreira de trânsito em passagem na parte da Caxemira controlada pela Índia em 25 de abril de 2025. REUTERS/Pawan Kumar


Ação seria resposta a um ataque terrorista que deixou 26 mortos no lado indiano do território no último dia 22. Os dois países disputam a região desde a independência do Reino Unido. Explosão no Paquistão após ataque da Índia Scopal via Reuters A Índia confirmou ter atacado nove alvos do Paquistão na região da Caxemira, nesta terça-feira (6). Segundo o governo paquistanês, uma criança morreu e duas pessoas ficaram feridas na ação. De acordo com Nova Déli, a operação batizada de Sindoor atingiu infra-estrutura de terroristas localizadas no país vizinho e que suas ações "são precisas, comedidas e não escalatórias em sua natureza", e seria resposta a um ataque terrorista na Caxemira indiana que deixou 26 mortos no último dia 22. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução", afirmou Nova Déli, em um comunicado. O Paquistão, por sua vez, afirmou que os indianos atacaram três locais com mísseis e que vai responder à agressão. Islamabad disse que fechou seu espaço aéreo por 48 horas e que os voo comerciais ainda no ar estão sendo desviados. Várias explosões foram ouvidas nas montanhas ao redor da cidade de Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa, bem como em outros dois locais da região, relataram testemunhas da Reuters e um canal de TV paquistanês nesta quarta. Após as explosões, a energia elétrica de Muzaffarabad foi cortada, disseram as testemunhas. Não ficou imediatamente claro o que foram as explosões. Um porta-voz das Forças Armadas do Paquistão disse à emissora ARY que a Índia atacou o Paquistão com mísseis em três locais e que o Paquistão responderia. Ambos os países, adversários históricos, possuem armas nucleares. O incidente ocorre em meio ao aumento das tensões entre os vizinhos após um ataque a turistas hindus na Caxemira indiana no mês passado. A Índia culpou o Paquistão pela violência, na qual 26 homens foram mortos, e prometeu responder. O Paquistão negou qualquer envolvimento nos assassinatos e afirmou ter informações de que a Índia planejava atacar. Explosões são ouvidas no Paquistão após Índia anunciar ataque Caxemira A Caxemira é uma região na cordilheria do Himalaia disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido, em 1947. Atualmente, o controle de fato dela é dividido entre os dois países, além da China, que controla uma porção ao leste. Tanto Nova Déli quanto Islamabad, porém, reivindicam a totalidade do território. No último dia 22, homens armados abriram fogo contra turistas em um resort, deixando 26 mortos — a maioria indianos — em Pahalgam. O ataque terrorista foi reivindicado por um grupo militante chamado "Resistência da Caxemira", até então desconhecido entre os grupos que fazem ataques no território. Desde então, as tensões na região voltaram a crescer. A Índia classificou o massacre como um “ataque terrorista” e acusou o Paquistão de estar por trás da ação. O Paquistão, por sua vez, negou qualquer envolvimento no ataque e retaliou: fechou o espaço aéreo para aviões indianos, cancelou vistos e suspendeu relações comerciais com o vizinho. Com a região em alerta máximo, três oficiais do Exército indiano relataram que soldados paquistaneses dispararam contra uma posição indiana na noite de quinta-feira. Como resposta, os soldados indianos revidaram o ataque, mas não houve vítimas, segundo os oficiais, que pediram anonimato por questões de protocolo. As Nações Unidas pediram à Índia e ao Paquistão "máxima contenção para garantir que a situação não se deteriore ainda mais". Agentes da Força de Segurança de Fronteira indiana guardam barreira de trânsito em passagem na parte da Caxemira controlada pela Índia em 25 de abril de 2025. REUTERS/Pawan Kumar
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