Israel acusa Irã de “teatro”: “Objetivo sempre foi morte e destruição”
Embaixador de Israel na ONU criticou denúncias no Conselho de Segurança: "Onde estavam quando o Irã transformou uma negociação em teatro?"

O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Danny Danon, acusou o Irã de realizar uma espécie de teatro durante negociações internacionais para limitar o seu enriquecimento de urânio. A declaração ocorreu neste domingo (22/6), na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Alguns vêm aqui para denunciar os Estados Unidos e Israel. Deixe-me perguntar: onde vocês estavam quando o Irã criou a bomba? Quando enriquecer urânio acima do limite do uso civil e colocando uma fortaleza sob as montanhas, preparando a nossa eliminação?”, questionou o chanceler israelense. “Onde estavam quando o Irã transformou uma negociação em teatro?”, complementou.
Em seguida, Danon enfatizou que o objetivo do regime iraniano “nunca foi energia pacífica, mas morte e destruição”. O Irã, por outro lado, nega que possua armas nucleares.
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Embaixador de Israel na ONU: “Não aceitamos rodada de conversas"
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Representante do Reino Unido no Conselho de Segurança da Onu, Barbara WoodwardReprodução/ONU
Ainda durante a reunião de emergência deste domingo, o representante de Israel agradeceu a intervenção militar dos Estados Unidos contra o Irã. “O mundo inteiro deveria dizer: obrigado, Estados Unidos, por remover a maior ameaça à segurança global. Obrigado, presidente Trump, por agir, quando todos evitaram fazer isso.”
Nesse sábado (21/6), aeronaves norte-americanas bombardearam instalações de enriquecimento de urânio de Fordow, Natanz e Isfahan, no Irã. A sessão do Conselho de Segurança foi convocada, diante do agravamento da situação no Oriente Médio.
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Ataque dos EUA
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que as tropas norte-americanas bombardearam três instalações nucleares no Irã, nesse sábado (21/6).
- O ataque ocorreu em meio à escalada dos conflitos entre o país do Oriente Médio e Israel.
- O conflito entre os dois países escalou na madrugada de 13 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram o centro do programa nuclear iraniano e líderes militares na capital Teerã.
- O governo iraniano reagiu com ataques em retaliação poucas horas depois, o que aumentou o risco de uma nova guerra na região.
- Fordow, uma das estruturas subterrâneas afetadas, tem capacidade para operar 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos nucleares.
Acordos anteriores
Em 2013, foi fechado o primeiro acordo entre o Irã e potências mundiais para impor limites ao programa nuclear iraniano. Em troca, o país persa teria um alívio nas sanções internacionais, estimadas em US$ 7 bilhões ao Irã, na época.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, no entanto, saiu do acordo durante o seu primeiro mandato. As negociações, na época, contaram com a participação de chanceleres do Irã e do grupo P5+1, incluindo os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes, sendo eles: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Em 2024, foram eleitos mais cinco membros não permanentes, a Dinamarca, Grécia, Paquistão, Panamá e Somália.
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