Israel bombardeia Doha e diz que alvos eram chefes do Hamas; Catar fala em violação de leis internacionais
Israel ataca chefes do Hamas em Doha, no Catar O governo de Israel afirmou ter realizado um ataque contra chefes do Hamas em Doha, no Catar, nesta terça-feira (9). O governo catariano e ONU afirmaram que a ofensiva violou leis internacionais (leia mais abaixo). Segundo o porta-voz do Exército israelense, o ataque foi realizado pelo Shin Bet, a agência de inteligência de Israel, em parceria com a Força Aérea do país. Jatos israelenses sobrevoaram Doha e, com armas de precisão, alvejaram membros da alta cúpula do grupo terrorista, que estavam reunidos na capital catariana, ainda de acordo com o porta-voz. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp REPERCUSSÕES: ONU diz que ataque foi 'violação flagrante da sobernia nacional' De acordo com a imprensa israelense, um dos alvos era Khalil Al-Hayya, o principal negociador das tentativas de acordo de paz com Israel. A imprensa israelense afirmou que Al-Hayya foi um dos mortos na ofensiva, mas ainda não havia informações oficiais sobre se ele foi de fato alvejado até a última atualização desta reportagem. Já fontes do próprio Hamas afirmaram à agência de notícias Reuters que a delegação do grupo terrorista responsável pelas negociações de paz com Israel estava em Doha no momento do ataque porém não foi atingida. Israel disse ainda que avisou previamente aos Estados Unidos de que faria o ataque, e, de acordo com o canal I24, o governo de Donald Trump deu luz verde à ofensiva — após a informação, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para cidadãos norte-americanos que estão em solo catariano. Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva foi "totalmente planejada e executada" apenas por Israel, que tem "total responsabilidade" pelo ataque. Como resposta, o Catar, que tem atuado como um mediador das negociações de paz entre Israel e o Hamas ao lado dos Estados Unidos, anunciou a suspensão temporária da mediação das conversas. O chanceler catariano afirmou que o ataque foi uma "violação flagrande das leis internacionais" e chamou a ofensiva de "ato covarde de Israel" e disse que abriria uma investigação. Já o diretor-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que a ofensiva de Israel constituiu uma "violação da soberania territorial flagrante". Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025. Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters Vídeo mostra prédio danificado após Israel lançar ataque no Catar Um integrante da alta cúpula do grupo afirmou à rede de TV Al-Jazeera que o ataque ocorreu durante uma reunião do Hamas na capital do Catar, mas também não informou se houve vítimas. Também não havia relatos de vítimas ou danos até a última atualização desta reportagem. O porta-voz do Exército israelense afirmou ainda que "medidas foram tomadas para minimizar os danos a civis não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional". Segundo a rede britânica BBC, havia uma densa fumaça sobre parte de Doha. Vídeos nas redes sociais mostram imagens de explosões que, segundo os usuários, ocorreram no momento do ataque de Israel na capital catariana. Além de sediar várias rodadas das negociações de paz, o Catar também costuma servir de base para membros da alta cúpula do Hamas, mas era raro que Israel fizesse incursões no país. O ex-líder do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, por exemplo, vivia em Doha, mas foi assassinado pelo Exército israelense apenas quando deixou o Catar e foi a Teerã, no Irã. O governo iraniano também criticou o ataque desta terça e chamou a ofensiva de uma violação das leis internacionais.


Israel ataca chefes do Hamas em Doha, no Catar O governo de Israel afirmou ter realizado um ataque contra chefes do Hamas em Doha, no Catar, nesta terça-feira (9). O governo catariano e ONU afirmaram que a ofensiva violou leis internacionais (leia mais abaixo). Segundo o porta-voz do Exército israelense, o ataque foi realizado pelo Shin Bet, a agência de inteligência de Israel, em parceria com a Força Aérea do país. Jatos israelenses sobrevoaram Doha e, com armas de precisão, alvejaram membros da alta cúpula do grupo terrorista, que estavam reunidos na capital catariana, ainda de acordo com o porta-voz. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp REPERCUSSÕES: ONU diz que ataque foi 'violação flagrante da sobernia nacional' De acordo com a imprensa israelense, um dos alvos era Khalil Al-Hayya, o principal negociador das tentativas de acordo de paz com Israel. A imprensa israelense afirmou que Al-Hayya foi um dos mortos na ofensiva, mas ainda não havia informações oficiais sobre se ele foi de fato alvejado até a última atualização desta reportagem. Já fontes do próprio Hamas afirmaram à agência de notícias Reuters que a delegação do grupo terrorista responsável pelas negociações de paz com Israel estava em Doha no momento do ataque porém não foi atingida. Israel disse ainda que avisou previamente aos Estados Unidos de que faria o ataque, e, de acordo com o canal I24, o governo de Donald Trump deu luz verde à ofensiva — após a informação, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para cidadãos norte-americanos que estão em solo catariano. Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva foi "totalmente planejada e executada" apenas por Israel, que tem "total responsabilidade" pelo ataque. Como resposta, o Catar, que tem atuado como um mediador das negociações de paz entre Israel e o Hamas ao lado dos Estados Unidos, anunciou a suspensão temporária da mediação das conversas. O chanceler catariano afirmou que o ataque foi uma "violação flagrande das leis internacionais" e chamou a ofensiva de "ato covarde de Israel" e disse que abriria uma investigação. Já o diretor-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que a ofensiva de Israel constituiu uma "violação da soberania territorial flagrante". Fumaça é vista em Doha, no Catar, após explosões por conta de um ataque de Israel contra lideranças do Hamas que estavam na cidade, em 9 de setembro de 2025. Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters Vídeo mostra prédio danificado após Israel lançar ataque no Catar Um integrante da alta cúpula do grupo afirmou à rede de TV Al-Jazeera que o ataque ocorreu durante uma reunião do Hamas na capital do Catar, mas também não informou se houve vítimas. Também não havia relatos de vítimas ou danos até a última atualização desta reportagem. O porta-voz do Exército israelense afirmou ainda que "medidas foram tomadas para minimizar os danos a civis não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional". Segundo a rede britânica BBC, havia uma densa fumaça sobre parte de Doha. Vídeos nas redes sociais mostram imagens de explosões que, segundo os usuários, ocorreram no momento do ataque de Israel na capital catariana. Além de sediar várias rodadas das negociações de paz, o Catar também costuma servir de base para membros da alta cúpula do Hamas, mas era raro que Israel fizesse incursões no país. O ex-líder do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, por exemplo, vivia em Doha, mas foi assassinado pelo Exército israelense apenas quando deixou o Catar e foi a Teerã, no Irã. O governo iraniano também criticou o ataque desta terça e chamou a ofensiva de uma violação das leis internacionais.
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