Israel diz que destruiu maior local de enriquecimento de urânio do Irã

O Exército israelense informou, nesta sexta-feira (13/6), que as ofensivas contra o Irã atingiram “o centro de enriquecimento de urânio do regime iraniano” na província de Natanz. De acordo com Israel, jatos de combate atingiram as áreas que abrigavam centrífugas de urânio.

O Exército de Israel informou ainda que a área subterrânea do local foi danificada.

O que está acontecendo?

• Após meses de ameaças, Israel elevou a tensão no Oriente Médio e realizou bombardeios contra o Irã nessa quinta-feira (12/6).
• A operação militar acontece oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
• Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque, classificado-o como “preventivo”. Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”.
• Depois do ataque desta quinta, Israel decretou estado de emergência no país e fechou o espaço aéreo.

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“Este é o maior centro de enriquecimento de urânio do Irã, que opera há anos com o objetivo de desenvolver capacidade para armas nucleares e abriga a infraestrutura necessária para o enriquecimento de urânio em níveis militares”, informaram as Forças de Defesa de Israel.

Os ataques tiveram como alvo um salão de enriquecimento de vários andares, que abriga centrífugas, salas elétricas e outras infraestruturas de apoio.

“Além disso, foram alvejadas infraestruturas críticas que permitem a operação contínua do local e os esforços contínuos do regime iraniano para obter armas nucleares”, completou o exército.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou, nesta sexta, para que os países evitem uma nova escalada de ofensivas, que as instalações nucleares “jamais devem ser atacadas”.

Segundo o The Guardian, Grossi informou que colocar as instalações em risco trará consequências graves para o povo do Irã.

Netanyahu: 9 bombas atômicas

No pronunciamento após a investida, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou, sem fundamentação comprovada, nessa quinta (12/6), que o Irã conseguiu enriquecer urânio o suficiente para produzir nove bombas atômicas.

O primeiro-ministro de Israel também disse que o Irã teria condições de, dentro “alguns meses” ou “em um ano”, produzir a bomba atômica. O suposto interesse do Irã na produção de uma bomba atômica foi o argumento apresentado por Netanyahu para o ataque, classificado por ele como “preventivo”.