Israel realiza ataque contra 'dezenas de alvos' no Irã em ofensiva para minar programa nuclear do país
Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã. 'Estamos em um momento decisivo na história de Israel', disse Netanyahu. EUA não tiveram participação na operação, afirmou secretário de Estado. Imagens que circulam nas redes sociais mostram fumaça em Teerã A Força Aérea Israelense realizou um ataque no Irã na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento gravado com antecedência e divulgado pouco após os ataques. Em seu discurso, Netanyahu afirma que o principal alvo é a usina iraniana de Natanz, considerada "o coração do programa de enriquecimento" de urânio. Ele afirma que cientistas que participam do programa nuclear do país também foram alvejados. O primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento em 21 de maio de 2025 REUTERS/Ronen Zvulun/Pool O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e afirmou que o espaço aéreo israelense foi fechado como medida para evitar ataques retaliatórios. "Há poucos instantes, dezenas de jatos da IAF (Força Aérea Israelense) completaram a primeira fase que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã", disseram as Forças de Defesa de Israel, em comunicado. Os EUA não tiveram envolvimento na operação, segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio. O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir 15 ogivas nucleares em questão de dias, e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba. Os ataques desta noite têm "dezenas" de alvos em todo o Irã, segundo Tel Aviv. Segundo os israelenses, o programa nuclear iraniano constitui uma ameaça à existência de Israel. As autoridades iranianas suspenderam todos os voos partindo e com destino ao aeroporto de Teerã. Segundo a Reuters, o governo iraniano conduz uma reunião de emergência momentos após o ataque. EUA esvaziam embaixadas Na quarta, os Estados Unidos haviam começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques entre os dois países causarem distúrbios na região. Em abril, de acordo com o jornal "The New York Times", o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países. Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo. Ao "New York Post", ele disse estar "muito menos confiante" de que um tratado será fechado. Trump já havia indicado que poderia atacar o Irã caso as negociações fracassassem. Em abril, o presidente afirmou que Israel poderia liderar o bombardeio com a coordenação dos Estados Unidos. Por outro lado, a Casa Branca teme que o governo israelense conduza um ataque sem o consentimento dos americanos. Censura de agência da ONU O Irã afirmou nesta quinta que construiu e iria ativar uma terceira instalação de enriquecimento de material nuclear, aumentando significativamente sua produção de urânio enriquecido e desafiando exigências dos EUA e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A AIEA, que é uma agência da ONU, censurou o país por não cumprir obrigações de não proliferação destinadas a impedir o desenvolvimento de armas nucleares em todo o mundo, e em meio a um temor de um ataque israelense em território iraniano. Israel ataca Irã Juan Silva/g1


Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã. 'Estamos em um momento decisivo na história de Israel', disse Netanyahu. EUA não tiveram participação na operação, afirmou secretário de Estado. Imagens que circulam nas redes sociais mostram fumaça em Teerã A Força Aérea Israelense realizou um ataque no Irã na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em pronunciamento gravado com antecedência e divulgado pouco após os ataques. Em seu discurso, Netanyahu afirma que o principal alvo é a usina iraniana de Natanz, considerada "o coração do programa de enriquecimento" de urânio. Ele afirma que cientistas que participam do programa nuclear do país também foram alvejados. O primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento em 21 de maio de 2025 REUTERS/Ronen Zvulun/Pool O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e afirmou que o espaço aéreo israelense foi fechado como medida para evitar ataques retaliatórios. "Há poucos instantes, dezenas de jatos da IAF (Força Aérea Israelense) completaram a primeira fase que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã", disseram as Forças de Defesa de Israel, em comunicado. Os EUA não tiveram envolvimento na operação, segundo o secretário de Estado americano, Marco Rubio. O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir 15 ogivas nucleares em questão de dias, e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba. Os ataques desta noite têm "dezenas" de alvos em todo o Irã, segundo Tel Aviv. Segundo os israelenses, o programa nuclear iraniano constitui uma ameaça à existência de Israel. As autoridades iranianas suspenderam todos os voos partindo e com destino ao aeroporto de Teerã. Segundo a Reuters, o governo iraniano conduz uma reunião de emergência momentos após o ataque. EUA esvaziam embaixadas Na quarta, os Estados Unidos haviam começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques entre os dois países causarem distúrbios na região. Em abril, de acordo com o jornal "The New York Times", o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países. Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem demonstrado pessimismo em relação ao acordo. Ao "New York Post", ele disse estar "muito menos confiante" de que um tratado será fechado. Trump já havia indicado que poderia atacar o Irã caso as negociações fracassassem. Em abril, o presidente afirmou que Israel poderia liderar o bombardeio com a coordenação dos Estados Unidos. Por outro lado, a Casa Branca teme que o governo israelense conduza um ataque sem o consentimento dos americanos. Censura de agência da ONU O Irã afirmou nesta quinta que construiu e iria ativar uma terceira instalação de enriquecimento de material nuclear, aumentando significativamente sua produção de urânio enriquecido e desafiando exigências dos EUA e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A AIEA, que é uma agência da ONU, censurou o país por não cumprir obrigações de não proliferação destinadas a impedir o desenvolvimento de armas nucleares em todo o mundo, e em meio a um temor de um ataque israelense em território iraniano. Israel ataca Irã Juan Silva/g1
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