Júri popular de falso médico que forjou a própria morte é cancelado
Segundo a Justiça, não há data prevista para um novo júri. O falso médico, acusado de dois homicídios, está preso desde junho deste ano
 
                                O júri popular do falso médico identificado como Fernando Henrique Dardis, que aconteceria nesta quinta-feira (30/10), foi cancelado pela falta da única testemunha listada pela acusação. O réu, que atuava em Sorocaba, no interior de São Paulo, é acusado de dois homicídios e tentou forjar a própria morte.
Segundo a Justiça, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) insistiu em uma única testemunha listada pela acusação, mas a pessoa acabou faltando por um problema médico, “devidamente comprovado”. Por conta disso, o júri foi cancelado e não há uma nova data prevista.
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Servidores teriam vendido corpo por R$ 5 mil para falso médico Reprodução2 de 5
Endereço residencial virou cenário da farsa da morte
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Documento usado por réu trazia nome e selo inexistentes, diz MPSPReprodução4 de 5
Falso médico teria forjado própria morte para fugir de processo por homicídioReprodução5 de 5
Guerrero se entregou em Guarulhos após meses foragidoReprodução/BandTV
Fernando é réu em dois processos por homicídio provocados pelo exercício irregular da medicina na Santa Casa de Sorocaba, além de já ter respondido por lesão corporal contra uma paciente que teve demora no diagnóstico de câncer. Quando o caso foi julgado, Fernando já havia sido condenado pelo crime de exercício ilegal da profissão.
Ele foi preso no dia 24 de junho, ao se entregar no 1° Distrito Policial de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Forjou a própria morte
Antes de se entregar à polícia, Fernando forjou a própria morte para fugir da condenação pelos homicídios e do exercício ilegal de medicina. Ele teria desembolsado R$ 5 mil para conseguir o corpo de um indigente para ser usado no falso enterro que arquitetou para si mesmo, em Guarulhos.
Segundo a investigação da Polícia Civil, a farsa só foi possível com o provável auxílio de servidores públicos do município.
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As apurações conduzidas pelo Ministério Público de Sorocaba, com auxílio da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado à Promotoria paulista (MPSP), apontam que agentes da Prefeitura de Guarulhos, especialmente vinculados ao serviço funerário e ao setor de controle de óbitos, teriam participado da liberação irregular desse corpo.
A prefeitura da cidade afirmou ao Metrópoles, por meio de nota, que uma sindicância tramita na Corregedoria do município, e que “colabora com as autoridades” desde o início das investigações do caso.
A administração municipal não informou quais eventuais medidas tomou ou irá adotar com relação aos funcionários, assim como as providências para proteger o sistema de registros do serviço funerário.
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