Kenya Sade celebra amor com esposa: “Inspiro mulheres lésbicas”
Apresentadora da Globo, Kenya Sade fala sobre visibilidade, representatividade e a escolha de viver sua verdade sem medo

A jornalista e apresentadora Kenya Sade, conhecida por comandar festivais musicais no Multishow e na TV Globo, tem se destacado não apenas por sua atuação profissional, mas também pela forma transparente como vive sua vida pessoal. Em um relacionamento desde 2019 com a diretora de arte Thamyres Donadio, ela reforça o orgulho de viver sua sexualidade de forma aberta e natural.
Em conversa com a revista Quem, Kenya abordou a importância da representatividade LGBTQIAPN+, especialmente para mulheres negras e lésbicas. “Sou uma mulher preta retinta, casada com outra mulher, que gosta de música e que calhou de ser apresentadora falando de música”, afirmou, reforçando que nunca considerou esconder quem realmente é.
Processo natural de aceitação
Ela explica que a forma como lida com sua orientação sexual sempre foi algo espontâneo, o que acabou contribuindo para uma aceitação ampla ao seu redor. “Foi um processo muito natural para todas as pessoas, porque sempre mostrei quem eu era desde o primeiro momento. Todo mundo sempre me respeitou muito”, contou.
Kenya também defende que a naturalização dos relacionamentos homoafetivos é uma forma de promover igualdade. “A única maneira de tornarmos iguais e fazer com que as pessoas respeitem, principalmente quando a gente fala de casais homoafetivos, é a naturalização. Torno isso muito natural, posto foto com a minha esposa, falo da minha família, da mesma forma como casais héteros fazem”, destacou.
A importância da visibilidade
Com publicações frequentes ao lado da esposa nas redes sociais, ela acredita que a visibilidade ajuda a derrubar estigmas. “Optei por seguir um caminho de naturalidade e sei que assim respeitam mais e aceitam também”, afirmou.
Kenya reconhece ainda o impacto que sua postura pode ter na vida de outras mulheres. “Sinto que ajudo a mudar esse referencial, inspiro toda uma legião de outras mulheres lésbicas que só querem existir”, disse, mencionando o avanço da representatividade de casais formados por duas mulheres, como é o caso das cantoras Lauana Prado, Mari Fernandez e Yasmin Santos.
Para ela, esconder quem se é deixou de ser uma alternativa. “É algo imperativo ser o que somos. É uma geração, digo também para TV, que chegou no momento onde se esconder não é uma opção”, afirmou, pontuando que a autenticidade também contribui para a conexão com o público. “A gente tem que ser verdadeiro em relação à nossa vida, em relação ao que a gente faz e é isso que engaja o público. Esconder nunca foi uma opção e nunca será.”
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