Kremlin confirma promessa de Putin a Trump por resposta a ataque de drones ucraniano; modo e momento ainda serão decididos

Ataque surpresa da Ucrânia no final de semana utilizou drones escondidos contra aviões de guerra estacionados em bases russas e causou danos consideráveis às capacidades aéreas do rival, segundo especialistas. Veja imagens inéditas do ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos O Kremlin confirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu uma resposta ao ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos durante ligação telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O momento e a maneira da retaliação russa ao ataque ucraniano ainda serão decididos e virá no momento que o Exército e Putin considerarem apropriados, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Trump revelou na quarta-feira que, durante uma ligação com Putin, o líder russo disse que "com muita veemência, terá que responder ao ataque" ucraniano. O presidente americano chegou a apagar a publicação sobre a conversa com Putin, mas repostou o texto momentos depois. Batizado de "Operação Teia de Aranha", o ataque ucraniano de drones atingiu 41 aviões bombardeiros da Rússia em cinco bases militares diferentes no domingo (1º). O ataque, considerado audacioso pelos ucranianos e humilhante para a Rússia, foi comemorado pela Ucrânia e causou danos irreparáveis ao arsenal aéreo do rival. Veja detalhes mais abaixo. Nas redes sociais, o presidente deu detalhes sobre a conversa com Putin. "Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", publicou. Trump deixou claro que, baseado em sua conversa com o líder russo, não vê a paz na guerra da Ucrânia em um futuro próximo. O teor da conversa acende um alerta para Kiev, já que os EUA são aliados dos ucranianos — apesar de as relações entre as duas partes se encontrarem abaladas desde o retorno de Trump à Casa Branca. A ligação entre eles ocorreu após uma reunião de alto escalão do governo russo, em que Putin colocou em dúvida as negociações de paz e disse que a Ucrânia não está buscando a paz. Presidente dos EUA, Donald Trump, revela conversa telefônica com presidente russo, Vladimir Putin em 4 de junho de 2025 e diz que Putin prometeu resposta a ataque aéreo de drones ucraniano. Reprodução/redes sociais LEIA TAMBÉM: Tumulto em porta de estádio na Índia deixa 11 mortos e dezenas de feridos Primeiro-ministro reeleito de Portugal anuncia governo de partido único, sem esquerda nem extrema direita Operação Teia de Aranha Vídeo mostra o momento em que drone sai de caminhão no ataque na Sibéria A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres. O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa. O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto. As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista. O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance". Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk. Onde ocorreu a operação? Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos. A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste. Como foram feitos os ataques? Foto mostra trecho de vídeo divulgado pelo serviço secreto da Ucrânia com aeronaves russas atingidas por drones na base aérea de Belaya, na Sibéria, em 1 de junho de 2025. Serviço Secreto da Ucrânia/AFP A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres. Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres. Antes do ataque, esses contêineres foram levados de

Jun 5, 2025 - 08:00
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Kremlin confirma promessa de Putin a Trump por resposta a ataque de drones ucraniano; modo e momento ainda serão decididos

Ataque surpresa da Ucrânia no final de semana utilizou drones escondidos contra aviões de guerra estacionados em bases russas e causou danos consideráveis às capacidades aéreas do rival, segundo especialistas. Veja imagens inéditas do ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos O Kremlin confirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu uma resposta ao ataque surpresa de drones da Ucrânia a aviões de guerra russos durante ligação telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O momento e a maneira da retaliação russa ao ataque ucraniano ainda serão decididos e virá no momento que o Exército e Putin considerarem apropriados, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Trump revelou na quarta-feira que, durante uma ligação com Putin, o líder russo disse que "com muita veemência, terá que responder ao ataque" ucraniano. O presidente americano chegou a apagar a publicação sobre a conversa com Putin, mas repostou o texto momentos depois. Batizado de "Operação Teia de Aranha", o ataque ucraniano de drones atingiu 41 aviões bombardeiros da Rússia em cinco bases militares diferentes no domingo (1º). O ataque, considerado audacioso pelos ucranianos e humilhante para a Rússia, foi comemorado pela Ucrânia e causou danos irreparáveis ao arsenal aéreo do rival. Veja detalhes mais abaixo. Nas redes sociais, o presidente deu detalhes sobre a conversa com Putin. "Acabei de falar, por telefone, com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. (...) Discutimos o ataque aos aviões atracados da Rússia, realizado pela Ucrânia, e também vários outros ataques que vêm ocorrendo de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que leve a uma paz imediata. O presidente Putin afirmou, e com muita veemência, que terá que responder ao ataque recente aos aeródromos", publicou. Trump deixou claro que, baseado em sua conversa com o líder russo, não vê a paz na guerra da Ucrânia em um futuro próximo. O teor da conversa acende um alerta para Kiev, já que os EUA são aliados dos ucranianos — apesar de as relações entre as duas partes se encontrarem abaladas desde o retorno de Trump à Casa Branca. A ligação entre eles ocorreu após uma reunião de alto escalão do governo russo, em que Putin colocou em dúvida as negociações de paz e disse que a Ucrânia não está buscando a paz. Presidente dos EUA, Donald Trump, revela conversa telefônica com presidente russo, Vladimir Putin em 4 de junho de 2025 e diz que Putin prometeu resposta a ataque aéreo de drones ucraniano. Reprodução/redes sociais LEIA TAMBÉM: Tumulto em porta de estádio na Índia deixa 11 mortos e dezenas de feridos Primeiro-ministro reeleito de Portugal anuncia governo de partido único, sem esquerda nem extrema direita Operação Teia de Aranha Vídeo mostra o momento em que drone sai de caminhão no ataque na Sibéria A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres. O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa. O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto. As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista. O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance". Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk. Onde ocorreu a operação? Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos. A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste. Como foram feitos os ataques? Foto mostra trecho de vídeo divulgado pelo serviço secreto da Ucrânia com aeronaves russas atingidas por drones na base aérea de Belaya, na Sibéria, em 1 de junho de 2025. Serviço Secreto da Ucrânia/AFP A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres. Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres. Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas. Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque. Quais aeronaves foram atingidas? Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M. Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados. Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia. Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida. Quanto tempo levou o planejamento da missão? A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU). O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

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