Kremlin não dá certeza sobre presença de Putin em encontro com Zelensky na Turquia

Encontro para negociações diretas para buscar fim da guerra, marcado para quinta (15), foi sugerido pelo presidente russo. Zelensky, que havia confirmado presença no encontro, afirmou que só comparecerá se Putin também for. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à esquerda), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. REUTERS/Alina Smutko/File Photo/Maxim Shemetov A dois dias da rodada direta de negociações entre Ucrânia e Rússia sobre a guerra entre os dois países, o Kremlin não deu certeza sobre a presença ou não do presidente Vladimir Putin na Turquia. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Perguntado sobre o assunto, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que Putin anunciará quem participará da rodada de negociações de paz em Istambul, na capital turca, quando achar apropriado. Peskov se recusou a comentar se Putin iria pessoalmente. Um assessor do presidente Volodymyr Zelensky afirmou nesta terça-feira à agência de notícias Reuters que o líder ucraniano só participará das negociações se Putin também estiver presente. Zelensky já havia dito anteriormente que compareceria, e a nova posição é um desafio ao Kremlin a demonstrar que está realmente interessado em buscar a paz. "O presidente Zelensky não se reunirá com nenhum outro representante russo em Istambul, exceto Putin", disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak à Reuters. Putin propôs no domingo conversas diretas com a Ucrânia para tratar do conflito e, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter pressionado publicamente Zelensky a aceitar a negociação, o ucraniano não só afirmou que participaria, mas que Putin também deveria estar presente pessoalmente. "Se Vladimir Putin se recusar a viajar à Turquia, será o sinal definitivo de que a Rússia não quer acabar com esta guerra, de que a Rússia não quer, nem está preparada, para nenhuma negociação", afirmou em um comunicado o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak. Desde que Trump passou a pressionar pelo final da guerra da Ucrânia, tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm tentado mostrar que estão trabalhando em direção à paz. No entanto, as movimentações ainda estão confusas e por vezes ficam apenas no âmbito da provocação ao rival. Negociações diretas entre russos e ucranianos não ocorrem desde os primeiros meses da guerra, ainda em 2022. A Turquia, que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sediou a última reunião direta entre os dois países. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Istambul "está pronta para sediar negociações que levem a uma solução permanente". Zelensky diz estar disposto a conversar pessoalmente com Putin O presidente russo afirmou que as negociações pelo fim da guerra poderiam ser abertas "sem quaisquer pré-condições" como contraproposta à iniciativa do Reino Unido, Alemanha, Polônia e França de pressionar por uma trégua plena e incondicional de 30 dias a partir de segunda-feira —que não aconteceu. A Rússia afirmou na segunda-feira que não aceitará nenhum "ultimato" sobre cessar-fogo na guerra. Ao comentar a exigência de Zelensky por um cessar-fogo de 30 dias, Trump disse no domingo que Putin "quer ser encontrar" em Istambul, deixando no ar uma possível ida do russo. O presidente americano, que está viajando pelo Oriente Médio para encontros com líderes do Golfo Pérsico, afirmou na segunda-feira que talvez vá à Turquia para participar pessoalmente do encontro. A oferta de Putin para novas negociações ocorreu após líderes europeus ameaçarem impor novas sanções à Rússia caso não haja uma trégua de 30 dias na Ucrânia.

May 13, 2025 - 09:30
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Kremlin não dá certeza sobre presença de Putin em encontro com Zelensky na Turquia

Encontro para negociações diretas para buscar fim da guerra, marcado para quinta (15), foi sugerido pelo presidente russo. Zelensky, que havia confirmado presença no encontro, afirmou que só comparecerá se Putin também for. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à esquerda), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. REUTERS/Alina Smutko/File Photo/Maxim Shemetov A dois dias da rodada direta de negociações entre Ucrânia e Rússia sobre a guerra entre os dois países, o Kremlin não deu certeza sobre a presença ou não do presidente Vladimir Putin na Turquia. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Perguntado sobre o assunto, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que Putin anunciará quem participará da rodada de negociações de paz em Istambul, na capital turca, quando achar apropriado. Peskov se recusou a comentar se Putin iria pessoalmente. Um assessor do presidente Volodymyr Zelensky afirmou nesta terça-feira à agência de notícias Reuters que o líder ucraniano só participará das negociações se Putin também estiver presente. Zelensky já havia dito anteriormente que compareceria, e a nova posição é um desafio ao Kremlin a demonstrar que está realmente interessado em buscar a paz. "O presidente Zelensky não se reunirá com nenhum outro representante russo em Istambul, exceto Putin", disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak à Reuters. Putin propôs no domingo conversas diretas com a Ucrânia para tratar do conflito e, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter pressionado publicamente Zelensky a aceitar a negociação, o ucraniano não só afirmou que participaria, mas que Putin também deveria estar presente pessoalmente. "Se Vladimir Putin se recusar a viajar à Turquia, será o sinal definitivo de que a Rússia não quer acabar com esta guerra, de que a Rússia não quer, nem está preparada, para nenhuma negociação", afirmou em um comunicado o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak. Desde que Trump passou a pressionar pelo final da guerra da Ucrânia, tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm tentado mostrar que estão trabalhando em direção à paz. No entanto, as movimentações ainda estão confusas e por vezes ficam apenas no âmbito da provocação ao rival. Negociações diretas entre russos e ucranianos não ocorrem desde os primeiros meses da guerra, ainda em 2022. A Turquia, que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sediou a última reunião direta entre os dois países. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Istambul "está pronta para sediar negociações que levem a uma solução permanente". Zelensky diz estar disposto a conversar pessoalmente com Putin O presidente russo afirmou que as negociações pelo fim da guerra poderiam ser abertas "sem quaisquer pré-condições" como contraproposta à iniciativa do Reino Unido, Alemanha, Polônia e França de pressionar por uma trégua plena e incondicional de 30 dias a partir de segunda-feira —que não aconteceu. A Rússia afirmou na segunda-feira que não aceitará nenhum "ultimato" sobre cessar-fogo na guerra. Ao comentar a exigência de Zelensky por um cessar-fogo de 30 dias, Trump disse no domingo que Putin "quer ser encontrar" em Istambul, deixando no ar uma possível ida do russo. O presidente americano, que está viajando pelo Oriente Médio para encontros com líderes do Golfo Pérsico, afirmou na segunda-feira que talvez vá à Turquia para participar pessoalmente do encontro. A oferta de Putin para novas negociações ocorreu após líderes europeus ameaçarem impor novas sanções à Rússia caso não haja uma trégua de 30 dias na Ucrânia.

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