Kremlin rebate acusações de Trump sobre testes nucleares: “Incorretas”

Chanceler do Kremlin, Sergey Lavrov, declarou que a Rússia segue compromissada com tratados e nega planos de retomar testes nucleares

tibauemacao.

Nov 11, 2025 - 17:00

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Kremlin rebate acusações de Trump sobre testes nucleares: “Incorretas”

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, rejeitou nesta terça-feira (11/11) as recentes acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma suposta retomada dos testes nucleares pela Rússia e pela China.

Lavrov afirmou que as alegações “não correspondem à realidade” e reforçou que Moscou está disposta a dialogar com Washington sobre o tema. Segundo ele, abmbos os países participam de um serviço internacional de monitoramento dedicado à detecção de explosões subterrâneas, garantindo transparência nas atividades nucleares.

“A Rússia cumpre seus compromissos internacionais e está aberta ao diálogo. As declarações do presidente americano são incorretas”, declarou.

O chanceler acrescentou que o presidente Vladimir Putin não emitiu nenhuma ordem para iniciar ou preparar testes nucleares, e somente solicitou uma avaliação técnica das condições atuais para determinar se haveria necessidade de futuras ações. Lavrov relembrou ainda que testes de ogivas não nucleares não são proibidos pelos tratados vigentes.

Trump determina retomada de testes nucleares

As declarações vieram após Trump determinar a retomada imediata dos testes de armas nucleares pelos Estados Unidos, medida que configuraria uma violação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT).

O republicano justificou a decisão afirmando que “outros países fazem isso” e que Washington precisa “se igualar” a seus rivais.

Diante disso, o Conselho de Segurança Nacional da Rússia alertou que a medida ameaça a estabilidade estratégica global, e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) advertiu que novos testes enfraqueceriam a paz e a segurança internacionais.

Os Estados Unidos não realizam testes nucleares desde 1992 e são signatários do tratado — embora ainda não o tenham ratificado.

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