Líbano acata pedido dos EUA e promete desarmar o Hezbollah
Desarmamento do Hezbollah faz parte de um cessar-fogo no Líbano mediado pelo governo dos EUA

O governo do Líbano acatou um pedido dos Estados Unidos, e anunciou que vai iniciar o processo de desarmamento do Hezbollah e outros grupos armados no território libanês. A medida foi divulgada pelo primeiro-ministro do país, Nawaf Salam, nesta quinta-feira (7/8).
A ação faz parte de um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, anunciado pela administração norte-americana em novembro de 2024. A expectativa é de que o possível desarmamento de grupos paramilitares no Líbano aconteça até o fim deste ano.
Além disso, o governo de Salam aprovou outras medidas relacionadas ao recente conflito no Líbano. Entre elas, o deslocamento do Exército do país para áreas de fronteira, negociações com Israel sobre prisioneiros, o fim das operações israelenses no território libanês e o apoio internacional militar para garantir o cessar-fogo.
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Mesmo com a aprovação das medidas, e do aceno positivo para o governo de Donald Trump, ainda não está claro como o Líbano pretende desarmar o Hezbollah e outros grupos no país.
A decisão do governo libanês tem sido criticada pelo Hezbollah, que ocupa posições no governo do Líbano e possuí o apoio de parte da população xiita do país.
Para o grupo, o anúncio do governo libanês é uma “marcha de humilhação”, por entender que a decisão significaria uma rendição do país a Israel e aos EUA.
Em discurso, o secretário-geral do Hezbollah, Naeem Qassem, acusou Israel de violar a trégua diversas vezes por meio de bombardeios recentes no Líbano. Por isso, o líder da organização política e paramilitar prometeu que o grupo não deve se desarmar no atual cenário, já que isso enfraqueceria a capacidade de defesa do país.
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