Lira, Moraes e Doria: saiba quem foi espionado pela Abin Paralela
Polícia Federal enviou ao STF a conclusão do inquérito da Abin Paralela. Jair Bolsonaro (PL), Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro

Em julho de 2024, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da investigação que integrou a quarta fase da Operação Última Milha, que apurou o uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal de adversários políticos do governo Jair Bolsonaro (PL). Nesta terça-feira (17/6), a Polícia Federal (PF) enviou ao STF a conclusão do inquérito.
Foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho 03 do ex-presidente. Além deles, 32 pessoas teriam sido indiciadas.
O documento liberado naquela ocasião por Moraes cita os nomes das pessoas espionadas ilegalmente pela “organização criminosa”, por meio de sistemas da Abin, durante a gestão de Bolsonaro. As apurações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo.
Veja os espionados:
- Poder Judiciário: ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux.
- Poder Legislativo: deputado federal Arthur Lira (ex-presidente da Câmara dos Deputados), deputado Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara dos Deputados), o deputado federal Kim Kataguiri e a ex=deputada federal Joice Hasselmann; senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.
- Poder executivo: ex-governador de São Paulo João Doria; servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; auditores da Receita Federal Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
- Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
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Também houve a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente inverídicas.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado pela PF no caso da Abi ParalelaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 8
Alexandre Ramagem (PL) concorreu a prefeito do Rio com apoio do ex-presidente Jair BolsonaroReprodução3 de 8
JHomem de confiança de Bolsonaro, Alexandre Ramagem foi alvo da PF em operação sobre suposta espionagem na AbinValter Campanato/Agência Brasil4 de 8
Carlos Bolsonaro posta foto de Ramagem tomando café com BolsonaroReproduçaõ / Instagram 5 de 8
Deputado Alexandre Ramagem e Eduardo BolsonaroVinícius Schmidt/Metrópoles6 de 8
Carlos Bolsonaro e Ramagem com Jair Bolsonaro; vereador e deputado são investigados por "Abin Paralela"Reprodução7 de 8
Atualmente, Ramagem é deputado federalIgo Estrela/Metrópoles8 de 8
Ramagem ao lado do filho do ex-presidente Jair BolsonaroReprodução/Redes sociais
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
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