Luciano Hang reage a articulações para fim da “taxa das blusinhas”

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e um dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, reagiu à notícia de que lideranças governistas estão sondando o Centrão sobre uma possível revogação da “taxa das blusinhas”.

À coluna, Hang disse concordar com a possibilidade, com uma condição: que os varejistas brasileiros também sejam benefíciados com isenção de impostos, como forma de equilibrar o jogo com as empresas chinesas. 3 imagensFechar modal.1 de 3

Luciano HangLuis Macedo/Câmara dos Deputados2 de 3

Luciano HangIgo Estrela/Metrópoles3 de 3

Luciano Hang com a Bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de SetembroIgo Estrela/Metrópoles

Segundo o dono das lojas Havan, os empresários brasileiros querem “igualdade tributária”. Para ele, isso significaria “produtos mais baratos, economia aquecida e benefícios para toda a população”.

“Li hoje cedo sobre o fim da ‘taxação das blusinhas’ e concordo totalmente, desde que as empresas brasileiras também sejam beneficiadas com a isenção de impostos. Nós, varejistas do Brasil, não pedimos privilégios. Só queremos igualdade tributária. Todos deveriam pagar menos impostos. Isso significa produtos mais baratos, economia aquecida e benefícios para toda a população”, disse Hang.

Para o empresário, não seria possível aceitar “tratamento especial apenas para plataformas internacionais”, enquanto as empresas brasileiras “carregam o peso da burocracia e da alta carga tributária”.

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“Quando favorecemos produtos de fora com isenção, estamos exportando empregos e prejudicando a indústria brasileira e todos os brasileiros. Precisamos valorizar o que é feito aqui, o que gera emprego aqui, renda e oportunidades para os nossos cidadãos. Por isso, reforço: zerem os impostos, mas para todos”, disse.

Fim da taxa?

Como noticiou a coluna, deputados governistas sondaram colegas do Centrão para medir a temperatura sobre uma possível revogação da “taxa das blusinhas”, considerada a medida mais impopular do governo Lula até agora.

Deputados como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), dizem que Lula nunca teria concordado com o fim da isenção e que apenas cedeu ao então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que patrocinou a votação.

O fim da taxa também é defendido pelo deputado Kim Kataguiri (União-AP). O parlamentar, líder do MBL, inclusive protocolou um projeto para retomar a isenção. Kim pediu apoio do líder do PT, mas o petista ainda não assinou.