Lula: vira-latas queriam que eu rastejasse atrás de Trump
Lula comentou sobre a ligação telefônica com Trump, realizada na última segunda-feira (9/10), durante evento na Bahia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (9/10), que os “vira-latas” do Brasil queriam que o petista “rastejasse atrás” do governo dos Estados Unidos, se referindo às sanções impostas por Donald Trump aos produtos e autoridades brasileiras.
“Quando o presidente Trump resolveu gritar com o Brasil, os vira-latas desse país queriam que eu rastejasse atrás do governo americano. E eu aprendi com uma mãe analfabeta: não abaixe a cabeça nunca. Se o pobre abaixar a cabeça, eles colocam uma cangaia e você nunca mais consegue levantar a cabeça”, disse Lula.
A declaração foi dada durante um evento de anúncio de investimentos na indústria naval da Bahia, em Maragogipe (BA).
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“Ninguém respeita quem não se respeita. Se vocês quiserem ser respeitados, antes vocês se respeitem”, completou o presidente.
Em seguida, Lula comentou sobre a ligação telefônica com Trump, realizada na última segunda-feira (9/10). As duas autoridades conversaram por cerca de 30 minutos e concordaram em agendar um encontro presencial “em breve”.
“O presidente Trump, que parecia o inimigo número 1, me telefonou e disse pra mim: ‘Lulinha, pintou uma química entre nós, vamos conversar, vamos discutir’. Sabe? E é bom que pinte uma química mesmo, porque eu sei gostar de gente”, relatou o chefe do Executivo.
Durante a conversa, Lula pediu a revogação das tarifas sobre exportações brasileiras aos EUA e a retirada das sanções a autoridades brasileiras.
Ele designou o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para intermediarem as negociações sobre as tarifas. Por parte do governo norte-americano, o secretário de Estado, Marco Rubio, foi escalado para as tratativas.
Na manhã desta quinta-feira, o chanceller brasileiro conversou por telefone com Rubio. Segundo o Itamaraty, ficou definido que as equipes de ambos os países terão uma reunião presencial em Washington (DC), em data ainda não definida.
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