Macron reforça apoio à Palestina em primeira visita de Abbas após reconhecimento do Estado pela França
Por RFI Ao lado de Mahmoud Abbas, Macron afirmou que a França “não quer ver o Hamas se restabelecer e retomar o controle da Faixa de Gaza no futuro”, defendendo o rápido retorno da Autoridade Palestina ao enclave e a exclusão do movimento islâmico “de qualquer função na governança”. O líder francês também enfatizou “a necessidade urgente […]

Por RFI
Ao lado de Mahmoud Abbas, Macron afirmou que a França “não quer ver o Hamas se restabelecer e retomar o controle da Faixa de Gaza no futuro”, defendendo o rápido retorno da Autoridade Palestina ao enclave e a exclusão do movimento islâmico “de qualquer função na governança”. O líder francês também enfatizou “a necessidade urgente de trabalhar para a implementação da desmilitarização e do desmantelamento do Hamas”.
“Hoje, a França comemora o 11 de novembro e, portanto, celebra a vitória e a liberdade desfrutadas pelo povo francês. Esperamos que o nosso povo palestino possa um dia celebrar o fim da ocupação, a sua liberdade, a sua dignidade e a sua independência”, enfatizou Mahmoud Abbas, se referindo às comemorações do armistício da Primeira Guerra Mundial e após agradecer a Paris pelo reconhecimento da soberania palestina.
Eleições livres e democráticas
A visita de Abbas ocorre um mês após o cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que levou à libertação de todos os reféns vivos mantidos pelo Hamas.
“As partes devem agora respeitar integralmente este acordo, e o Hamas deve devolver os restos dos reféns mortos sem demora”, declarou Emmanuel Macron.
Para estabilizar Gaza, Paris apoiará “o reposicionamento das forças de segurança e policiais da Autoridade Palestina” e “aumentará a presença francesa” nas missões europeias “com mais de cem militares”. O presidente francês alertou que “seria um fracasso coletivo se o Hamas retomasse o controle”.
Emmanuel Macron incentivou Abbas a “finalizar rapidamente” a formação de um comitê técnico palestino para preparar a transferência administrativa de Gaza para a Autoridade Palestina, de acordo com as reformas detalhadas no plano de 20 pontos apresentado em Nova York.
Essas reformas incluem eleições “livres e democráticas” em todos os territórios palestinos, “incluindo Jerusalém Oriental”, dentro de um ano após a segunda fase do cessar-fogo, afirmou Macron.
O presidente francês também denunciou a “violência dos colonos e a aceleração dos projetos de assentamentos” na Cisjordânia, classificando qualquer anexação “parcial ou total” como uma “linha vermelha” que não deve ser atravessada.
Reformas e constituição
Mahmoud Abbas, por sua vez, reafirmou seu compromisso com as reformas na Autoridade Palestina, incluindo a rápida realização de eleições. “Reiteramos aqui o nosso compromisso com as reformas”, declarou Abbas após o encontro com Macron.
Os dois líderes também anunciaram a criação de uma comissão conjunta para redigir a constituição do Estado palestino.
O presidente francês anunciou um adicional de € 100 milhões (cerca de R$ 600 milhões) em ajuda humanitária para Gaza em 2025, bem como e
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