MC Poze do Rodo é investigado por tortura e cárcere privado no Rio

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão de MC Poze do Rodo, mas o pedido foi negado pela Justiça

May 30, 2025 - 07:00
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MC Poze do Rodo é investigado por tortura e cárcere privado no Rio

O cantor Marlon Brendon Coelho Couto Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, está sendo investigado por tortura e cárcere privado. O caso é conduzido pela 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes), no Rio de Janeiro, onde tramita um inquérito em sigilo. A apuração teve início após um homem alegar ter sido espancado por Poze e um grupo de amigos dentro da residência do artista, em um condomínio da Zona Oeste da cidade.

Segundo o registro de ocorrência, o episódio teria ocorrido após o cantor acusar o homem de furtar um bracelete de sua casa. O denunciante afirmou ter sido mantido no local contra a própria vontade e submetido a agressões físicas. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão de MC Poze, mas o pedido foi negado pela Justiça. Durante o interrogatório, o artista optou por permanecer em silêncio.

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Apesar da negativa judicial, o funkeiro foi preso nessa quinta-feira (29/5) por outros crimes: apologia ao tráfico e envolvimento com organização criminosa. A detenção ocorreu no contexto de uma série de investigações em curso que envolvem a atuação do artista em eventos relacionados a facções criminosas. 14 imagensMC Poze Vivi Noronha e MC PozeMC Poze e Vivi NoronhaPoze do Rodo falou rapidamente com a imprensa na saída da delegaciaPoze do Rodo passa por audiência de custódiaFechar modal.1 de 14

Reprodução2 de 14

MC Poze Instagram/Reprodução3 de 14

Vivi Noronha e MC PozeReprodução4 de 14

MC Poze e Vivi NoronhaReprodução5 de 14

Poze do Rodo falou rapidamente com a imprensa na saída da delegaciaReprodução6 de 14

Poze do Rodo passa por audiência de custódiaReprodução7 de 14

Vídeo de Poze atirando ocm fuzil volta a viralizar Reprodução8 de 14

BMW apreendida9 de 14

Vários vídeos circulam nas redes sociaisReprodução10 de 14

Dois fuzis aparecem em dado momento da filmagemReprodução11 de 14

Vários vídeos circulam nas redes sociaisReprodução12 de 14

Recentemente, a Justiça havia liberado bens apreendidos do cantot13 de 14

Poze do Rodo posa com seus cordões de ouro para as redes sociaisInstagram/Reprodução14 de 14

Poze do Rodo pede liberação de joias levadas pela polícia: "Saudades"Instagram/Reprodução

Ligação com o Comando Vermelho

Durante os procedimentos de praxe realizados após a prisão, Poze informou à polícia ter ligação com o Comando Vermelho (CV), informação considerada relevante para sua alocação no sistema penitenciário.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ele foi encaminhado à Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo de Gericinó (Bangu 3A), unidade reconhecida por estar sob influência da facção.

A prática de questionar presos sobre vínculos com organizações criminosas é comum no estado e visa evitar conflitos entre grupos rivais nas unidades prisionais.

Show na Cidade de Deus

Outro episódio sob investigação envolve uma apresentação do cantor na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, em 17 de maio. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram homens armados com fuzis em meio ao público durante o evento. Em uma das gravações, dois fuzis são apontados para o alto por pessoas que dançam ao som do cantor.

O show ocorreu na véspera de uma operação da Polícia Civil que resultou na morte do agente José Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Ele foi baleado na cabeça durante ação para investigar uma fábrica clandestina de gelo e morreu após ser socorrido.

Repertório polêmico

MC Poze é um dos expoentes do chamado “funk proibidão”, vertente do gênero marcada por letras que abordam o cotidiano das favelas e mencionam diretamente facções criminosas. Músicas como “Me Sinto Abençoado” e “CV, CV, é mais um dia de luta, nós vamo traficar” são apontadas como exemplos de apologia ao tráfico de drogas.

A atuação do artista tem gerado debate sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade social de artistas com grande alcance.

Juristas e representantes da segurança pública defendem que esse tipo de conteúdo pode contribuir para a exaltação do crime e fortalecimento simbólico de facções. Já defensores da cultura popular alegam que o gênero musical retrata uma realidade negligenciada pelo Estado.

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