Meningite meningocócica: vacinação é a principal forma de prevenção

A doença é imprevisível, tem rápida evolução e alta letalidade (2-7)

Jul 22, 2025 - 11:50
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Meningite meningocócica: vacinação é a principal forma de prevenção

Entre 2010 e 2025, houve quase 245 mil casos suspeitos de meningite no Brasil. Desse total, 83.874 foram registros de meningite bacteriana, considerada a forma mais grave. Sendo que, dentre esse número, aproximadamente 21 mil foram casos da doença do tipo meningocócica, de acordo com dados do Ministério da Saúde. (1)

Foi justamente por causa dessa quantidade de casos que Joice Pontes não pensou duas vezes e já vacinou o filho Miguel Pontes, de 2 anos, contra a meningite meningocócica. A proteção foi feita com as vacinas disponíveis nas redes pública e particular.

“Recebi a orientação médica de vacinar o meu filho contra a meningite meningocócica com as vacinas ACWY e a MenB para maior proteção, pois ele está na creche. Recomendo a todos os pais a checarem a carteirinha dos filhos e vacinarem, porque a doença é potencialmente fatal e tem afetado muitas crianças. (2,3,10-12)”

A preocupação de Joice é justificada ao observar que, no mesmo período apurado pelo órgão de saúde, a doença – caracterizada pela inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal – provocou 4.504 óbitos.(14)

Por isso, a vacinação é de extrema importância, pois ela é a principal forma de prevenção contra a doença, que atinge, principalmente, bebês e crianças menores de 5 anos, mas também pode acometer todas as faixas etárias, incluindo adolescentes e jovens adultos. (3-5)

Inclusive, a partir deste mês, o Ministério da Saúde começou a ofertar a vacina meningocócica ACWY como dose de reforço para crianças de 12 meses de idade. (6)

Anteriormente, o esquema vacinal indicava duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses. Agora, esse reforço aos 12 meses será feito com a vacina ACWY, que protege contra os sorogrupos A, C, W e Y. (6,7)

Sobre a Meningite

A meningite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. E no caso da bacteriana, causada por meningococo, pode levar a complicações como perda da audição, convulsões, fraqueza dos braços e pernas, dificuldades de visão e de fala e perda de memória. (3)

De forma geral, a transmissão da meningite meningocócica ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva, secreções nasais ou da garganta. (2,3)

Segundo Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, imunologista e gerente médica de vacinas da GSK, a meningite meningocócica é uma doença imprevisível e de evolução muito rápida. “Os sintomas iniciais dela, como febre, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômito, podem ser confundidos com uma gripe ou viroses diversas, o que pode dificultar o diagnóstico” (2,3), afirma.

“Embora a doença não seja mais tão frequente hoje em dia, a bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) ainda circula entre a população e pode atingir pessoas de todas as idades.(2,3)”Ana Medina, imunologista

Justamente devido à meningite meningocócica ter sintomas iniciais semelhantes aos de outras patologias, é necessário conhecer a doença e procurar um atendimento médico o mais rápido possível em qualquer suspeita e exame para o diagnóstico correto. (2-4)

Como prevenir

A forma mais efetiva de prevenção contra a meningite meningocócica é por meio da vacinação. (2,8) Por isso, os pais ou responsáveis pelas crianças devem garantir que elas sejam imunizadas – não espere que casos aconteçam próximos a você para buscar a prevenção.

Inclusive, a fim de melhorar a prevenção, por meio de uma coalizão global, diversos países se comprometeram com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a alcançar o objetivo de derrotar a meningite até 2030. O compromisso visa facilitar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. (9)

Atualmente, existem vacinas diferentes para a prevenção de cinco sorogrupos da doença: A, B, C, W e Y. (10-12)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente a vacina meningocócica C para crianças de 3 e 5 meses de idade. E a vacina meningocócica ACWY em dose de reforço aos 12 meses e para adolescentes de 11 a 14 anos como dose única ou reforço conforme situação vacinal. Ambas também estão disponíveis para outras idades na rede particular. (10-12)

As sociedades médicas recomendam a vacina meningocócica B e a vacina meningocócica ACWY, disponível na rede particular, para todas as crianças, com esquema aos 3, 5 e 12 meses de vida. Para a vacina ACWY, as sociedades recomendam duas doses de reforço até a adolescência. Para a vacina meningocócica B, as sociedades médicas recomendam duas doses para adolescentes não vacinados. (7,10-12)

Além da vacinação, outras medidas de higiene ajudam a evitar a transmissão de várias doenças, incluindo a meningite meningocócica, como lavar a mão de forma frequente, cobrir a boca ao tossir e espirrar, evitar compartilhamento de objetos pessoais, manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações na medida do possível. (13)

Saiba mais sobre a meningite meningocócica aqui 

Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.

 NP-BR-MNU-BRF-250011 – Julho/2025

Referências: 1. Ministério da Saúde. Meningite. Situação Epidemiológica. Painel Epidemiológico. Pesquisa: Região/UF/Município “All”, Período “2010 a 2025”, Disponível em: Acesso em: 09 jul. 2025.

2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: . Acesso em: julho 2025;

3. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. Fact Sheets. Details. Meningitis. Disponível em: . Acesso em: julho 2025;

4. CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: . Acesso em: julho 2025;

5. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.

6. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Vigilância das pneumonias e meningites bacterianas em crianças menores de 5 anos. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52718/9789275721896_por.p df?sequence=1&i sAllowed=y. Acesso em: 20. Mar. 2025.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento doPrograma Nacional de Imunizações. Nota Técnica nº 77/2025-CGICI/DPNI/SVSA/MS. Substituição da dose de reforço da vacina meningocócica C pela vacina meningocócica ACWY. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2025. Acesso em: 2 jul. 2025.

8. GOV.BR. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra meningite. Disponível em: . Acesso em julho/2025;

9. PAHO. OMS e parceiros pedem ação urgente contra a meningite. Disponível em: . Acesso em julho/2025;

10.SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2024/2025 (atualizado em 27/03/2024). Disponível em: . Acesso em: FEV/2025;

11.SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2024/2025. Disponível em: . Acesso em: FEV/2025;

12.BRASIL. Ministério da Saúde. INSTRUÇÃO NORMATIVA DO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO 2024. Disponível em:. Acesso em: julho/2025;

13.BRASIL. Ministério da Saúde. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: . Acesso em: julho/2025;

14.Ministério da Saúde. Meningite. Situação Epidemiológica. Painel Epidemiológico. Pesquisa: Região/UF/Município “All”, Etiologia “Meningite Bacteriana (Doença Meningocócica)”, Evolução “Óbito por Meningite” Período “2010 a 2025”, Disponível em: Acesso em: 09 jul. 2025

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