Mini T-rex? Cientistas desvendam mistério por trás de fóssil de 2006
Após análises para determinar a idade e taxa de crescimento, pesquisadores determinaram a qual espécie pertencia o fóssil de dinossauro
Em 2006, foram encontrados dois fósseis dos “Dinossauros em Duelo” – um Triceratops e um pequeno dinossauro – na Formação Hell Creek, em Montana (EUA). Durante muito tempo, cientistas acreditavam que um dos brigões era um Tyrannosaurus rex jovem. No entanto, uma análise mais recente demonstra que história é outra.
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Na verdade, o fóssil pertence a uma espécie completamente diferente: o Nanotyrannus lancensis adulto. A descoberta realizada por pesquisadores norte-americanos foi publicada na revista científica Nature nessa quinta-feira (30/10).
“Este fóssil não apenas encerra o debate, como também revoluciona décadas de pesquisa sobre o T. rex ”, exalta a autora principal do estudo, Lindsay Zanno, professora da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em comunicado.
De acordo com pesquisadores, as características do exemplar não batiam com as do T.rex: o Nanotyrannus tinha braços mais longos, cauda mais curta e dentes mais afiados e menos curvados.
Para determinar a idade e a taxa de crescimento do animal, foram estudados os anéis de expansão de uma fina parte dos ossos. Também foram utilizadas informações sobre fusão espinhal e anatomia do desenvolvimento. Assim, os pesquisadores determinaram que não era um tiranossauro adolescente, mas sim um Nanotyrannus com cerca de 20 anos e fisicamente maduro.
“Para que o Nanotyrannus seja um T. rex juvenil , ele precisaria desafiar tudo o que sabemos sobre o crescimento dos vertebrados. Não é apenas improvável, é impossível”, afirma o coautor do estudo, James Napoli, anatomista da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos.
Nova espécie de dinossauro descoberta por acaso
Lindsay e Napoli analisaram mais de 200 fósseis de tiranossauros durante a pesquisa. Em dos exemplares – também considerado um T.rex adolescente anteriormente –, foram achados atributos ligeiramente distintos do Nanotyrannus lancensis do “Dinossauros em Duelo”.
Após testes, foi confirmado que se tratava de outra variação do Nanotyrannus. A nova espécie descoberta por acaso foi batizada de Nanotyrannus lethaeus, em homenagem ao rio Lete da mitologia grega, fazendo ilusão como o animal ficou escondido e esquecido por décadas.
“Essa descoberta pinta um quadro mais rico e competitivo dos últimos dias dos dinossauros. Com seu tamanho enorme, mordida poderosa e visão estereoscópica, o T. rex era um predador formidável, mas não reinava sem contestação. Ao seu lado, surgia o Nanotyrannus – um caçador mais esguio, veloz e ágil”, finaliza Lindsay.
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