Moraes determina que PF abra inquérito sobre o crime organizado no RJ
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, inquérito vai investigar a estrutura financeira das facções criminosas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar a atuação do crime organizado no Rio de Janeiro.
Moraes anunciou a decisão nessa quarta-feira (5/11), durante encontro com entidades e representantes da sociedade civil para debater a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro. A Operação Contenção deixou 121 mortos e tornou-se a mais letal da história do país.
De acordo com o ministro, o inquérito da PF será direcionado para apuração de esquemas de lavagem de dinheiro de facções e milícias e a infiltração de organizações criminosas no poder público.
Segundo Moraes, o objetivo principal da investigação é atingir a estrutura financeira das facções criminosas.
O ministro é o relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso do STF.
O encontro dessa quarta-feira durou cerca de 2 horas 30 minutos. O ministro ouviu 29 pessoas, representantes de entidades que já estão nos autos da ADPF das Favelas.
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Moraes promete perícia independente de mortes no RJ
Representantes das entidades que participaram do evento conversaram com jornalistas na saída da Corte. A deputada estadual Dani Monteiro (PSol-RJ) afirmou que o principal ponto levado ao ministro foi sobre a perícia dos mortos na operação.
“O ministro ressaltou que isso foi amplamente debatido e que a PF atuará para identificação”, disse. Confira trecho da entrevista:
Como o Metrópoles noticiou, na coluna do Paulo Cappelli, Moraes prometeu na reunião uma participação maior do Supremo e garantiu uma perícia com acompanhamento federal.
A Defensoria Pública da União (DPU) havia solicitado que o STF determinasse a preservação rigorosa de todos os vestígios da operação, o que levou à decisão de Moraes de conservação integral de provas, perícias e cadeias de custódia.
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