Mulher estuprada na Asa Norte recebeu alta mesmo debilitada e ferida
Apesar da gravidade do quadro, a vítima teria sido liberada sem o documento formal de alta médica e sem prescrição de medicamentos
A mulher brutalmente espancada e estuprada no pilotis de um prédio na 411 Norte recebeu alta do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) mesmo apresentando muitos ferimentos e fortes dores abdominais, poucas horas após dar entrada na unidade em estado grave.
A vítima, que havia sido atacada na madrugada do último sábado (20/12), na Asa Norte, voltou a passar mal ainda na rua e precisou ser novamente socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo encaminhada, dessa vez, ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
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De acordo com apuração da coluna, a mulher deu entrada no Hospital de Base na mesma noite do crime, com diversos ferimentos pelo corpo e correndo risco de morte. Apesar da gravidade do quadro, ela teria sido liberada sem o documento formal de alta médica e sem prescrição de medicamentos, mesmo relatando dores intensas na região abdominal.
Dores fortes
Pouco tempo após deixar a unidade de saúde, a vítima voltou a sentir fortes dores, passando mal em via pública. Diante da situação, o Samu foi acionado e realizou novo atendimento de emergência, conduzindo-a para outra unidade hospitalar, onde voltou a receber cuidados médicos.
A coluna entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para confirmar as informações e questionar os motivos da liberação da paciente em tais condições, mas até o fechamento desta edição não houve resposta oficial.
O ataque ocorreu nos pilotis de um prédio da 411 Norte, em Brasília, e durou cerca de 15 minutos. A Justiça do Distrito Federal decidiu manter preso o suspeito, Rafael Silva Lima, de 19 anos, morador de rua, acusado de estuprar e espancar violentamente a vítima.
O caso
Rafael foi preso horas após o estupro em uma invasão próxima à Universidade de Brasília (UnB) e levado inicialmente à 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Ainda no sábado à noite, ele foi encaminhado à Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP).
No domingo (21/12), a prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça. O suspeito foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda nessa segunda-feira (22/12).
Moradores do prédio relataram que não presenciaram o ataque e que ninguém acionou a polícia durante o crime. A violência só foi descoberta horas depois, por volta das 5h da manhã, quando um funcionário da limpeza encontrou uma poça de sangue no local.
Segundo o delegado Marco Farah, responsável pelo caso, Rafael apresentava manchas de sangue, escoriações e sinais claros de luta corporal no momento da prisão. “Durante a revista pessoal, procedimento padrão antes do encaminhamento à cela, constatamos que ele ainda estava com um preservativo no órgão genital”, afirmou o delegado.
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