Não, o ataque dos EUA ao Irã não foi um fracasso, colegas

A torcida na imprensa para que o regime do Irã tenha conseguido retirar o urânio enriquecido do bunker de Fordow é constrangedora

Jun 23, 2025 - 11:30
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Não, o ataque dos EUA ao Irã não foi um fracasso, colegas

A imprensa quer levar você a crer que o bombardeio americano ao bunker de Fordow e demais instalações nucleares do Irã significou um estímulo para o regime do aiatolá Ali Khamenei, que, agora sim, vai se empenhar para fabricar a bomba atômica, objetivo que não vinha perseguindo.

Há também a tentativa de diminuir o êxito do bombardeio ordenado por Donald Trump, uma ação militar grandiosa que apagou a imagem da debandada vexaminosa dos Estados Unidos do Afeganistão, em 2021, sob as ordens de Joe Biden.

A torcida na imprensa para que o regime iraniano tenha conseguido retirar o urânio enriquecido de Fordow é constrangedora. Mas, ainda que isso tenha ocorrido, é preciso ser muito desonesto intelectualmente para classificar o bombardeio das três grandes instalações nucleares do Irã de fracasso.

Ao atacar o Irã, os Estados Unidos finalmente reagiram, e de maneira contundente, a um regime que há quase meio século mata e ameaça cidadãos americanos diretamente ou indiretamente, por meio de grupos terroristas, além de infernizar a vida de aliados.

Quebrou-se o tabu histórico de que entrar em confronto direto com o Irã, mesmo usando a estratégia do “get in, get out”, como ocorreu nesse sábado, significaria instaurar o caos de vez no Oriente Médio.

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O regime iraniano não é tão forte militarmente como se pintava, e Israel já vinha demonstrando isso desde a semana anterior, nem o Oriente Médio é mais o mesmo do início do século. Hoje, o Irã é o único estado da região que patrocina o terrorismo — ou que patrocinava, visto que o regime entrou no modo de sobrevivência.

O terrorismo islâmico perdeu o apoio e o território de que os grupos e milícias dispunham no Iraque e na Síria. O Hamas palestino e o Hezbollah libanês foram dizimados pelos israelenses e, embora continuem a ser perigosos, perderam muito do seu poder de fogo.

No Afeganistão, por sua vez, os talibãs talvez tenham aprendido a lição de não abrigar grupos de facínoras estrangeiros que possam resultar em ameaças externas ao seu regime medieval.

Resta o Iêmen, exangue pela guerra civil, mas os rebeldes houthis viram diminuída a sua capacidade operacional e, sem o patrocínio generoso do regime iraniano, deverão ficar mais preocupados em não ser derrotados pelo governo sunita que querem derrubar.

Quando aos demais países árabes, enquanto condenam publicamente Israel e Estados Unidos para satisfazer os seus radicais internos, os seus governantes torcem pela queda do aiatolá Ali Khamenei, visto que ele gostaria de estender a sua dominação ideológico-religiosa a toda a região.

Todos querem assinar tratados de paz com Israel, assim como fizeram os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, em 2020, por meio dos Acordos de Abraão, mediados pelos Estados Unidos. A Árabe Saudita, não se esqueça, estava pronto a fazê-lo até que o Hamas perpetrasse o massacre de 7 de outubro de 2023, e um dos objetivos dos terroristas prepostos do Irã era exatamente este, o de evitar a assinatura do acordo dos sauditas com os israelenses.

Só a inteligência israelense, o Mossad, poderá dizer, efetivamente, se o programa nuclear iraniano foi zerado por causa do ataque americano ou se ainda resta a ameaça de o regime de Ali Khamenei fabricar bombas atômicas no curto prazo.

Se a ameaça persistir, novos ataques ocorrerão até que o objetivo seja alcançado, com a superpotência americana já sem o tabu que a restringia. Os iranianos, contudo, viram as suas três principais instalações nucleares, uma delas enterrada a quase 100 metros de profundidade, serem reduzidas a pó, e não, isso não é uma vitória do regime, não é um fracasso americano, de qualquer ângulo que se observe. O que o Mossad vai dizer é o tamanho do sucesso dos Estados Unidos.

Neste momento, o aiatolá Ali Khamenei está metido em um bunker secreto, sem usar nenhum meios eletrônicos para se comunicar com os seus cúmplices, apavorado de ser rastreado pelo Mossad. Usa um intermediário da sua absoluta confiança para transmitir ordens aos seus paus-mandados, segundo o New York Times.

Enquanto Ali Khamenei está escondido, como faz todo covarde da sua estirpe, a Força Aérea de Israel bombardeia os símbolos da repressão do regime, como a entrada da prisão de Evian, onde estão encarcerados presos políticos, e o quartel-general da Guarda Revolucionária.

Israel também bombardeou hoje o “relógio da destruição”, instalado em 2017, em uma praça de Teerã, com o qual regime fazia contagem regressiva para a destruição de Israel. Na “profecia” de Ali Khamenei, o “regime sionista” chegaria ao seu fim em 2040. O aiatolá talvez tenha sido demasiado otimista com capacidade de o seu próprio regime manter-se de pé até lá. O ataque dos EUA ao Irã não foi um fracasso, colegas, e reconhecer o mérito de Donald Trump e de Benjamin Netanyahu não significa absolvê-los dos seus pecados.

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