No PSD, Eduardo Leite se coloca como presidenciável: “Me sinto pronto”

Governador do Rio Grande do Sul deixa PSDB após 24 anos e afirma que deseja liderar "projeto nacional" pelo PSD

May 9, 2025 - 17:30
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No PSD, Eduardo Leite se coloca como presidenciável: “Me sinto pronto”

São Paulo – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assinou nesta sexta-feira (9/5) a filiação ao PSD, partido presidido por Gilberto Kassab. Com isso, o gaúcho deixa o PSDB após 24 anos filiado à legenda. Na cerimônia de filiação realizada no gabinete da Direção Nacional do partido na capital paulista, na região central, Leite afirmou que “se sente pronto” para liderar uma candidatura à presidência da República em 2026.

“Me sinto em condições e pronto para liderar o projeto. O Kassab sabe dessa aspiração, o partido sabe desse desejo, mas sabe também que não será a qualquer custo. Neste momento é menos nomes e mais discussão sobre um projeto”, afirmou Leite. O governador gaúcho disse ainda que conversou sobre o assunto com o governador do Paraná, Ratinho Jr.,outro postulante do PSD ao Palácio do Planalto.

“Eu não vim com desejo de prévias, não contem comigo para isso. Tenho convicção que no momento adequado teremos condição de entender qual é o melhor caminho. Tive uma conversa com o Ratinho. Temos muitas convergências e divergências pontuais. Dentro desse espírito tenho segurança que o desejo que ele tem é o mesmo que o meu, que a gente consiga apresentar um caminho para o Brasil de superação da polarização”, disse Leite.

Em complemento, o presidente do partido, Gilberto Kassab, afirmou que o PSD tem dois pré-candidatos, se referindo à dupla de governadores.

Eduardo Leite disse também que, caso haja disposição do PSD em apoiar uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à presidência, tudo dependerá do projeto que será apresentado. “Entendo que se nós tivermos um projeto comum para o Brasil, e reconhecermos que sob a liderança isso melhor será efetivado, que seja feito”, disse.

O governador gaúcho reconheceu que, caso não seja candidato à presidência, deve apostar em uma corrida ao Senado. Em seu discurso, ele pregou responsabilidade fiscal e um “centro que se posiciona”, com críticas veladas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a chegada do ex-tucano, o PSD passa a ter quatro governadores em seus quadros: além de Leite e Ratinho, integram o partido Raquel Lyra (PE) e Fábio Mitidiéri (SE).

Saída do PSDB

A saída de Leite do PSDB se dá no momento em que os tucanos avançam no acordo para uma fusão com o Podemos. O futuro partido apontava o gaúcho como um nome de consenso para liderar um projeto nacional do grupo.

Eduardo Leite afirmou que, em meio às discussões, defendeu uma fusão do partido com o PSD e chegou haver essa conversa.

“Houve um entendimento de um outro caminho. Que respeito. Mas para mim, no estágio da minha vida política, percebo que no PSD tem um partido que já carrega muito do que eu penso. Enquanto nesse movimento que o PSDB está fazendo haverá todo um processo interno que demandará tempo para construir um caminho. Entendi que consigo colaborar melhor em um ambiente que já está preparado”, argumentou.

Em entrevista ao Metrópoles no última segunda-feira (5/5), o presidente do diretório estadual de São Paulo do PSDB, Paulo Serra, afirmou que o objetivo da fusão é se apresentar como uma “alternativa fora dos extremos” e que o Eduardo Leite tinha consenso dentro do grupo

Nesta sexta, Serra, que é próximo de Eduardo Leite, lamentou a saída do governador do PSDB. “De toda forma, desejo boa sorte a ele. Pode ser um fim, ou um recomeço; um ponto final, ou uma vírgula; um vale, ou uma ponte. Ainda não consigo saber”, afirmou em nota o ex-prefeito de Santo André.

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