O destino de Fernando Haddad, o ministro que deu certo

Lula, o senhor do tempo

Dezembro 16, 2025 - 06:00
 0  0
O destino de Fernando Haddad, o ministro que deu certo

No início de sua gestão como ministro da Fazenda do terceiro governo Lula, 22% dos brasileiros, ouvidos pelo DataFolha, diziam que a economia era o terceiro maior problema do país. Neste mês, o percentual caiu para 11%. Fernando Haddad está pronto para dar por findo seu trabalho. Anuncia que deixará o governo em breve. E se oferece para coordenar a campanha de Lula à reeleição.

Aos que lhe perguntam se não gostaria de ser candidato ao governo de São Paulo, ele nega que será. Aos que lhe perguntam se não concordaria em ser vice de Lula na hipótese de Geraldo Alckmin concorrer à sucessão de Tarcísio de Freitas, ele se limita a sorrir. Não diz, mas admite que o futuro pertence a Deus e que o tempo é o senhor da razão. Está satisfeito com o que fez.

Dele, Lula diz, brincando, mas não só, que Haddad sempre foi o mais tucano dos petistas. Como tal, entenda-se: o mais moderado e liberal dos seus colegas de partido. O tucano foi a marca de um partido em extinção: o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, duas vezes presidente da República, Mário Covas, governador de São Paulo, e Beto Richa, governador do Paraná.

Ninguém, à exceção de Janja, visitou Lula preso em Curitiba mais do que Haddad. Em 2018, Lula o lançou candidato a vice à espera de que sua candidatura a presidente fosse permitida pela Justiça. Como não foi, lançou Haddad a presidente faltando menos de um mês para as eleições. Haddad conseguiu passar para o segundo turno, sendo derrotado por Bolsonaro que havia sido esfaqueado.

Nas eleições de 2022, Haddad foi para o sacrifício de candidatar-se ao governo de São Paulo contra Tarcísio de Freitas, o pau mandado de Bolsonaro. Tarcísio continua sendo o pau mandado de Bolsonaro e o queridinho da Faria Lima. Haddad perdeu. Mas, não fosse a votação que ele obteve, inclusive derrotando Tarcísio na capital, Lula não teria sido eleito pela terceira vez.

O PT é um partido carente de nomes fortes para presidente em 2030. Hoje, Haddad, com o apoio de um Lula eventualmente reeleito, seria o único. Os dois são inseparáveis. Haddad ajudará Lula onde ele precisar – de novo como candidato a governador ou a senador por São Paulo, ou como coordenador da campanha presidencial, se for o caso.

 

Todas as Colunas do Blog do Noblat no Metrópoles

What's Your Reaction?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

tibauemacao. Eu sou a senhora Rosa Alves este e o nosso Web Portal Noticias Atualizadas Diariamente