Ódio às bonecas: “maternidade” reborn sofre ataques na web
À coluna, a proprietária da maternidade de bonecas informou que está assustada com os ataques e que levará o caso à polícia

Uma “maternidade” de bebês reborn, localizada em Curitiba (PR), tem sido alvo de uma onda de ataques promovida nas redes sociais. A loja, especializada em bonecas realistas em material de silicone e vinil, tem sido fotografada e publicada na internet com legendas de discurso de ódio.
À coluna, Aline Lima, dona do estabelecimento que funciona há cinco anos, contou que as ofensas iniciaram após um vídeo de influenciadoras do nicho viralizar. Na postagem, as mulheres faziam um encontro “role play”, onde reproduziam cuidados iguais aos que se tem com bebês reais e simulavam interação entre as bonecas.
“O vídeo viralizou e, rapidamente, o público chegou até mim, que confecciono os bebês reborn para crianças e colecionadores. Depois que as bonecas saem da loja, eu não tenho controle do que as pessoas vão fazer com eles”, disse.
À coluna, a empresária confessou que jamais se imaginou nesta situação. “Bebês reborn são feitos com muito carinho e capricho , procurando trazer o realismo de um bebê real a uma boneca e despertar sentimentos bons , de aconchego, paz e até trazer a memória os bebês que já amamos e que hoje são adultos. A intenção nunca foi causar sentimentos ruins ou toda essa estranheza.”
Ela explicou que o boletim de ocorrência ainda não foi registrado por estar em outro estado, mas que tomará as medidas necessárias assim que retornar a Curitiba (PR).
Em uma breve pesquisa nas redes sociais, a reportagem encontrou imagens da loja publicadas em uma rede social. Nas publicações, usuários afirmam que o estabelecimento é “bizarro” e proferem ofensas.
Alvo de criminosos
Além de crianças, os produtos também são vendidos para colecionadores. Por serem feitos à mão, com extrema cautela, as bonecas têm custos consideravelmente altos, que variam entre R$ 1,5 mil e R$ 15 mil.
Requisitados, os bebês são procurados por pessoas de classe média alta e alta. “Geralmente, compram para as filhas, mas alguns são colecionadores e há também o pessoal da área da saúde. Faço bebês reborn, inclusive, para simulação de parto no hospital Albert Einstein e faculdades de Curitiba e Rio de Janeiro”, contou.
No ano passado, a loja foi vítima de ladrões que invadiram a maternidade e levaram 15 bonecas, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 55 mil.
What's Your Reaction?






