ONU diz que funcionários de agência e médicos que atuam em Gaza vem desmaiando de fome e exaustão
Dezenas de palestinos morrem em distribuição de comida em Gaza O chefe da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) disse nesta terça-feira (22) que seus funcionários, assim como médicos e trabalhadores humanitários, estão desmaiando em serviço em Gaza devido à fome e exaustão. Em um comunicado divulgado à imprensa, Philippe Lazzarini afirma que recebeu dezenas de mensagens de emergência de sua equipe descrevendo as condições precárias na Faixa de Gaza. "Ninguém é poupado: os cuidadores em Gaza também precisam de cuidados. Médicos, enfermeiros, jornalistas e humanitários estão famintos. Muitos agora estão desmaiando de fome e exaustão enquanto desempenham suas funções: relatando atrocidades ou aliviando parte do sofrimento", disse o comissário-geral. No documento, Lazzarini também critica o esquema de distribuição de ajuda humanitária de Israel, apoiado pelos Estados Unidos, administrado pela Fundação Humanitária de Gaza. Chama a situação de "armadilha mortal sádica" e afirma que mais de 1.000 pessoas foram mortas enquanto tentavam receber ajuda alimentar desde o final de maio. "Atiradores abrem fogo aleatoriamente contra multidões como se tivessem permissão para matar", diz Lazzarini. Garoto caminha perto de prédio de agência da ONU em Gaza Dawoud Abu Alkas/Reuters A UNRWA esteve no centro de uma polêmica em 2024. Em agosto, a ONU afirmou que nove funcionários da agência "poderiam estar envolvidos" nos ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 depois de sete meses de uma investigação que foi iniciada após receber informações das autoridades israelenses. Em novembro, Israel notificou oficialmente a Organização das Nações Unidas que não iria cumprir mais o acordo que regulava desde 1967 suas relações com a UNRWA e que estava banindo a agência do país. O alerta sobre a situação humanitária precária em Gaza já havia sido feita pela UNRWA em uma publicação na rede social X nesta segunda-feira (21). A agência afirmou que a escassez no território palestino fez com que os preços dos alimentos aumentassem 40 vezes, enquanto a ajuda armazenada em seus depósitos fora de Gaza poderia alimentar "toda a população por mais de três meses". Nesta terça-feira, o escritório de direitos humanos da ONU divulgou oficialmente o novo balanço de mortos a Faixa de Gaza em busca de ajuda humanitária: 1.054, sendo 766 deles nas proximidades de locais da Fundação Humanitária de Gaza. Em comunicado, Volker Turk, chefe do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, também lamentou a nova operação de Israel, que avança contra área de Gaza que estava sendo usada como refúgio por palestinos deslocados. "Parecia que o pesadelo não poderia piorar. E piora... Dada a concentração de civis na área e os meios e métodos de guerra empregados por Israel até agora, os riscos de assassinatos ilegais e outras violações graves do direito internacional humanitário são extremamente altos", disse. OMS também denuncia Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também denunciou que suas instalações em Gaza tinham sido atacadas por Israel. O diretor da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que o Exército israelense havia entrado na residência do pessoal da agência da ONU, obrigando mulheres e crianças a deixar o local a pé, e algemando, despindo e interrogando os homens sob a mira de uma pistola. Tedros também condenou um ataque ao depósito principal da OMS em Deir el-Balah e declarou apoio ao comunicado liberado por ministros das Relações Exteriores de 25 países pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza. "Um cessar-fogo não é apenas necessário, mas já deveria ter acontecido", declarou ele na rede X. O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, condenou a declaração e afirmou que qualquer pressão internacional deveria recair sobre o Hamas.


Dezenas de palestinos morrem em distribuição de comida em Gaza O chefe da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) disse nesta terça-feira (22) que seus funcionários, assim como médicos e trabalhadores humanitários, estão desmaiando em serviço em Gaza devido à fome e exaustão. Em um comunicado divulgado à imprensa, Philippe Lazzarini afirma que recebeu dezenas de mensagens de emergência de sua equipe descrevendo as condições precárias na Faixa de Gaza. "Ninguém é poupado: os cuidadores em Gaza também precisam de cuidados. Médicos, enfermeiros, jornalistas e humanitários estão famintos. Muitos agora estão desmaiando de fome e exaustão enquanto desempenham suas funções: relatando atrocidades ou aliviando parte do sofrimento", disse o comissário-geral. No documento, Lazzarini também critica o esquema de distribuição de ajuda humanitária de Israel, apoiado pelos Estados Unidos, administrado pela Fundação Humanitária de Gaza. Chama a situação de "armadilha mortal sádica" e afirma que mais de 1.000 pessoas foram mortas enquanto tentavam receber ajuda alimentar desde o final de maio. "Atiradores abrem fogo aleatoriamente contra multidões como se tivessem permissão para matar", diz Lazzarini. Garoto caminha perto de prédio de agência da ONU em Gaza Dawoud Abu Alkas/Reuters A UNRWA esteve no centro de uma polêmica em 2024. Em agosto, a ONU afirmou que nove funcionários da agência "poderiam estar envolvidos" nos ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 depois de sete meses de uma investigação que foi iniciada após receber informações das autoridades israelenses. Em novembro, Israel notificou oficialmente a Organização das Nações Unidas que não iria cumprir mais o acordo que regulava desde 1967 suas relações com a UNRWA e que estava banindo a agência do país. O alerta sobre a situação humanitária precária em Gaza já havia sido feita pela UNRWA em uma publicação na rede social X nesta segunda-feira (21). A agência afirmou que a escassez no território palestino fez com que os preços dos alimentos aumentassem 40 vezes, enquanto a ajuda armazenada em seus depósitos fora de Gaza poderia alimentar "toda a população por mais de três meses". Nesta terça-feira, o escritório de direitos humanos da ONU divulgou oficialmente o novo balanço de mortos a Faixa de Gaza em busca de ajuda humanitária: 1.054, sendo 766 deles nas proximidades de locais da Fundação Humanitária de Gaza. Em comunicado, Volker Turk, chefe do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, também lamentou a nova operação de Israel, que avança contra área de Gaza que estava sendo usada como refúgio por palestinos deslocados. "Parecia que o pesadelo não poderia piorar. E piora... Dada a concentração de civis na área e os meios e métodos de guerra empregados por Israel até agora, os riscos de assassinatos ilegais e outras violações graves do direito internacional humanitário são extremamente altos", disse. OMS também denuncia Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também denunciou que suas instalações em Gaza tinham sido atacadas por Israel. O diretor da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que o Exército israelense havia entrado na residência do pessoal da agência da ONU, obrigando mulheres e crianças a deixar o local a pé, e algemando, despindo e interrogando os homens sob a mira de uma pistola. Tedros também condenou um ataque ao depósito principal da OMS em Deir el-Balah e declarou apoio ao comunicado liberado por ministros das Relações Exteriores de 25 países pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza. "Um cessar-fogo não é apenas necessário, mas já deveria ter acontecido", declarou ele na rede X. O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, condenou a declaração e afirmou que qualquer pressão internacional deveria recair sobre o Hamas.
What's Your Reaction?






