Peixão, do TCP, tem grupo exclusivo para abater aeronaves da polícia
O núcleo liderado por Peixão é responsável por abater de aeronaves e é composto por criminosos com armamento pesado e treinamento específico

Alvos de uma megaoperação deflagrada na manhã desta terça-feira (10/6), os criminosos ligados a Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, um dos narcotraficantes mais perigosos do Rio de Janeiro, se especializaram em embaraçar o trabalho da polícia. Foi identificado um grupo responsável pelo monitoramento de viaturas, queima de ônibus e organização de protestos simulados com o objetivo de obstruir o trabalho das foças de segurança. Foi apurada, ainda, a existência de um núcleo especializado na tentativa de abate de aeronaves policiais, composto por criminosos com armamento pesado e treinamento específico.
A ação é coordenada por policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de delegacias da capital, da Baixada e do Interior. A operação mira o Complexo de Israel, Zona Norte do Rio de Janeiro, e visa o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
A ação é resultado de sete meses de intensas investigações, que culminaram na identificação de 44 traficantes sem mandados anteriores, permitindo à Polícia Civil solicitar ordens judiciais com base em provas contundentes. A operação integra uma série de ações da instituição voltadas ao desmantelamento da estrutura criminosa do TCP na região.
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As investigações conduzidas pela DRE, com apoio da Delegacia Antissequestro (DAS), da 22ª DP (Penha) e da 33ª DP (Realengo), revelaram uma organização criminosa altamente estruturada e armada, sob a liderança de “Peixão”. O grupo atua nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau.
Segundo a polícia, a facção impõe seu domínio com o uso de barricadas, drones para monitoramento das forças de segurança, toque de recolher e monopólio de serviços públicos, além de promover intolerância religiosa.
Sob o comando direto de Peixão, o TCP promove a intimidação sistemática de moradores, expulsão de rivais, ataques a agentes de segurança e ações coordenadas para impedir operações policiais.
Além das prisões, a operação tem o objetivo apreender armas de fogo, drogas, rádios comunicadores, aparelhos eletrônicos, documentos e outros materiais que reforcem a responsabilização penal dos envolvidos.
Duas construções irregulares utilizadas pelos traficantes como abrigo e pontos estratégicos de ataque — equipadas com seteiras — serão demolidas, conforme autorização judicial, como medida de desarticulação da estrutura defensiva da facção.
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