Policiais suspeitos de cobrar até R$ 5 mil de motoristas em rodovia
De acordo com o MP, oito policiais militares foram afastados das ruas, tendo seus armamentos e fardamento recolhidos

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da unidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, no Centro-Sul do estado, deflagrou, nesta terça-feira (3/6), a Operação Rota 466, que apura crimes de concussão, organização criminosa e lavagem de ativos por policiais militares rodoviários em trabalhos realizados no Posto da Polícia Rodoviária Estadual de Guarapuava.
Foram cumpridos, 29 mandados de busca e apreensão e um de busca pessoal nas cidades de Guarapuava, São José dos Pinhais, Prudentópolis, Pitanga, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Mauá da Serra, Cascavel, Pinhão e Manoel Ribas.
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Durante a execução das medidas, duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas e munições. Também foram apreendidos equipamentos eletrônicos, principalmente celulares, dois veículos e aproximadamente R$ 37 mil. De acordo com o MP, oito policiais militares foram afastados das ruas, tendo seus armamentos e fardamento recolhidos.
As ações tiveram como alvo 20 pessoas e três empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar e a operação contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Paraná.
Propina e cargas Segundo as investigações, no trecho entre Guarapuava e Pitanga da Rodovia Estadual PR-466, os policiais investigados abordavam condutores de veículos que tinham cometido infrações de trânsito e exigiam valores de propina para não realizar as autuações devidas.
Os valores exigidos variavam de R$ 150 a R$ 5 mil reais, por condutor abordado. No curso das apurações, foram identificados dezenas de crimes desta espécie e descoberta a forma que os policiais recebiam os valores, geralmente por pix realizado para a conta bancária de um laranja (que também foi alvo de busca). Apurou-se que, num único dia, essa conta bancária chegou a receber até sete transferências decorrentes de pagamento de propinas.
Durante as investigações, o MP descobriu que os mesmos policiais associaram-se a um grupo de saqueadores e receptadores de cargas tombadas na rodovia e que, em determinadas situações, os policiais deixaram esse grupo criminoso saquear a carga tombada, mesmo após já terem chegado ao local do acidente.
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