“Por quanto daria a bunda?”: Unesp demite professor acusado de assédio
Rafael Salatini de Almeida foi demitido por justa causa após Unesp receber 44 denúncias de alunos do curso de relações internacionais
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) demitiu um professor acusado de assédio por estudantes do curso de relações internacionais do campus de Marília, no interior de São Paulo. Rafael Salatini de Almeida foi demitido por justa causa, conforme oficializado no Diário Oficial do estado na quarta-feira (12/11).
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A decisão decorre de uma análise técnica feita pela Unesp após a ouvidoria da instituição receber 44 denúncias reunidas por estudantes contra o docente em maio de 2024. Na época, os alunos também organizaram uma paralisação das aulas e cobriram muros do campus com cartazes que continham frases que teriam sido ditas pelo professor.
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Cartazes denunciam assédio no campus de Marília Arquivo pessoal 
Professor teria o hábito de fazer comentários vexatórios em sala de aulaArquivo pessoal 
Alunos ficaram um dia paralisado em protesto pelos assédios Arquivo pessoal 
Caso aconteceu no campus de Marília Arquivo pessoal 
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Constrangimento
- As 44 denúncias contra Rafael Salatini de Almeida foram recolhidas pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais “Diplomata Sérgio Vieira de Mello” (CARI) e entregues coletivamente à ouvidoria da Unesp no ano passado.
- Na ocasião, um estudante que conversou com o Metrópoles e não quis se identificar disse que Salatini tem o hábito de constranger os alunos com comentários inapropriados na frente da turma.
- “Eu presenciei uma vez que ele disse para um colega ‘Por quantos reais você me daria a bunda?’ E começou a estipular os valores. ‘Por 10 mil reais? 30 mil? 1 milhão’? Meu colega foi negando, até chegar em um momento que ele disse: ‘Eu acho que você estaria mentindo. Acho que você me daria a bunda por bem menos”, contou o aluno.
- Rafael Salatini leciona em três disciplinas obrigatórias do primeiro e terceiro ano do curso de relações internacionais. Segundo o estudante que conversou com a reportagem, os comentários do professor começaram com frases preconceituosas e, com o tempo, se tornaram mais direcionados.
- Mais de uma turma teria passado pelo mesmo problema.
O Metrópoles tentou contato com o professor Rafael Salatini, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para atualizações. Procurada, a Unesp não respondeu até a publicação desta reportagem.
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