Qual é a produtora usada para lavar dinheiro e vender drogas do CV

As investigações revelaram que o responsável pela firma e a própria empresa figuram como destinatários diretos de recursos financeiros do CV

Jun 3, 2025 - 08:30
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Qual é a produtora usada para lavar dinheiro e vender drogas do CV

Alvo de operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) na manhã desta terça-feira (3/6), a produtora Leleco Produções é suspeita de lavagem de dinheiro e fomentadora de bailes funk promovidos por integrantes do Comando Vermelho (CV), que funcionavam como ponto de venda de drogas e difusão da “narcocultura”.

As investigações revelaram que o responsável pela firma e a própria empresa figuram como destinatários diretos de recursos financeiros oriundos de operadores do Comando Vermelho, recebendo valores de pessoas físicas e jurídicas interpostas com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos lucros do tráfico.

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Ainda de acordo com a corporação, entre os remetentes identificados nas análises financeiras, destacam-se um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe da facção no Complexo do Alemão, e outro indivíduo com histórico relevante no sistema financeiro informal ligado à facção, e procurado pelo FBI por suspeita de atuar como operador de valores para a Al-Qaeda, conforme dados de cooperação internacional.

Operação Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) atuam, nesta terça (3) para desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho, responsável pela lavagem de mais de R$ 250 milhões.

Os valores são oriundos do tráfico de drogas e da aquisição de armamentos de uso restrito. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A ação inclui ainda ordens de bloqueio e indisponibilidade de bens e valores de 35 contas bancárias. O esquema criminoso utilizava pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores, promovendo o reinvestimento em fuzis, cocaína e na consolidação do poder territorial da facção em diversas comunidades.

Professor As investigações identificaram Philip Gregório da Silva, o “Professor”, como líder do setor financeiro do Comando Vermelho, responsável por eventos como o “Baile da Escolinha”, que funcionava como ferramenta de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas.

O criminoso morreu nesse domingo (1/6), mas este fato não compromete o andamento do inquérito, tampouco interfere nas medidas judiciais em curso. Mesmo com sua morte, de acordo com a polícia, permanece clara sua importância dentro do esquema, sobretudo na consolidação da cultura do tráfico e na estruturação de empresas de fachada para dar aparência de legalidade ao dinheiro do crime.

A apuração investiga outro nome de destaque, a influenciadora digital Vivi Noronha, e esposa do cantor MC Poze do Rodo, preso na última quinta-feira (29/5).

Ela e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos oriundos da facção Comando Vermelho, recebidos por meio de pessoas interpostas “laranjas” com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais da facção foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito.

Narcocultura A posição dela, segundo os agentes, na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais.

As investigações apontam ainda que um restaurante situado estrategicamente em frente ao local onde é realizado o “Baila da Escolinha” funcionava como ponto de lavagem de dinheiro, movimentando recursos provenientes do tráfico sob a fachada de atividade empresarial lícita.

O local era utilizado como polo logístico e símbolo de poder da facção, conectando a vida noturna da comunidade à engrenagem financeira do Comando Vermelho.

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