Quem era “Matuê”, o chefe do CV que morreu ao enfrentar a polícia
O traficante Matuê é apontado como um dos responsáveis pela morte do policial civil José Antônio Lourenço

Ygor Freitas de Andrade (foto em destaque), de 28 anos, conhecido no mundo do crime como Matuê, tornou-se alvo prioritário das forças de segurança no Rio por sua atuação como líder do Comando Vermelho (CV) nas comunidades da Gardênia Azul e Cidade de Deus. Sua morte, confirmada durante uma operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira (9/10), encerra uma trajetória marcada por violência, poder e disputa territorial.
Fontes policiais o descrevem como um homem calculista, com capacidade de mobilização nas favelas da Zona Oeste e articulação com líderes de outras áreas. Seu nome passou a figurar no radar das autoridades quando se fortaleceu nas bocas de fumo da Gardênia Azul, deslocando facções rivais de suas rotas de tráfico.
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O currículo criminal de Matuê inclui casos graves como homicídios, tráfico de drogas, controle de território e associação criminosa. Ele também é apontado como um dos responsáveis pela morte do policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), ocorrida em maio deste ano, na Cidade de Deus.
Além disso, na ficha policial consta que Matuê circulava solto desde julho de 2019, beneficiado por indulto judicial, apesar de mandados de prisão ativos por crimes como homicídio e tráfico.
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Ygor Freitas de Andrade, vulgo "Matuê", de 28 anos, é apontado como um dos responsáveis pela morte do policial da CORE, José Antônio LourençoReprodução2 de 2
Ygor Freitas de Andrade, vulgo "Matuê", de 28 anos, é apontado como um dos responsáveis pela morte do policial da CORE, José Antônio LourençoReprodução/Redes sociais
A caçada A ação que culminou na neutralização de Matuê faz parte da chamada Operação Contenção, iniciativa da Polícia Civil para conter o avanço do CV na Zona Oeste.
A operação envolveu equipes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP).
Durante buscas na região de mangue e mata próxima à Vila do Pan, nas imediações da Barra da Tijuca, agentes localizaram Matuê ferido. Segundo relato policial, ele reagiu à abordagem e acabou morto no confronto. A perícia recolheu armas e munições no local.
O cerco exigiu logística especial como equipes terrestres, aéreas e uso de inteligência foram integradas para isolar o terreno. Segundo comandantes envolvidos, a operação foi planejada para evitar baixas entre agentes e minimizar riscos para moradores da região.
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